Da Redação
MANAUS – A Secretaria de Saúde do Amazonas informa que o Hospital Nilton Lins, que está sendo preparado para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19 em Manaus, não será uma unidade de porta aberta, com livre demanda, como os prontos-socorros. A unidade vai receber pacientes transferidos de outros hospitais da rede pública.
Assim como ocorreu ano passado, o hospital de campanha atuará como unidade de referência para receber apenas pacientes por meio do Sisreg (Sistema Nacional de Regulação), sob responsabilidade da Central Única de Regulação e Agendamentos de Consultas e Exames. Ou seja, aqueles que já se encontram em atendimento nas unidades de urgência e emergência e, após avaliação médica, tiveram a indicação para internação.
O Hospital Nilton Lins vai atuar da mesma forma como o Delphina Aziz, na zona norte de Manaus, e terá capacidade inicial de 80 leitos clínicos e 22 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O hospital foi desativado em julho do ano passado. Porém, no último dia 8 deste mês a reabertura da unidade foi anunciada. Na ocasião, o governador Wilson Lima justificou que apesar do governo ter aumentado a quantidade de leitos, o sistema estava próximo do limite.
No período em que esteve funcionando na primeira vez foi alvo da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa, do Ministério Público do Amazonas e de uma briga judicial envolvendo o preço do aluguel de R$ 2,6 milhões e serviços prestados no local. No final, o Estado desistiu de recurso e ficou proibido de pagar R$ 2,6 milhões ao grupo Nilton Lins.
UBS: porta de entrada
A secretaria informa que pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus, apresentando sintomas leves, devem procurar as UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Na capital, esses estabelecimentos são administrados pela Prefeitura de Manaus.
Encaixa-se no perfil de atendimento de UBS, por exemplo, o paciente que não esteja com dificuldade de respirar ou falta de ar, e nem com pressão baixa, que são considerados sintomas graves da Covid-19 (e geralmente associados a outros sinais, como febre, tosse e dor de garganta, por exemplo).
Os sinais e sintomas de Covid-19 e outras síndromes gripais mais comuns, que são alerta para procurar assistência médica em UBS, são febre, tosse, coriza, dor de garganta, congestão nasal, produção de escarro e dificuldade para engolir.
Urgência e emergência
A pasta explica que o paciente deve se dirigir a hospitais do Estado (rede de urgência e emergência) quando estiver apresentando sinais de gravidade da doença. Alguns desses sintomas são: saturação de oxigênio menor que 95%, falta de ar e baixa pressão.
A rede de urgência e emergência em Manaus com porta aberta para atender pacientes graves com suspeita de Covid-19 e outras síndromes gripais tem 24 unidades, entre prontos-socorros, maternidades e serviços de pronto atendimento (SPAs e UPAs).
Os pacientes graves têm prioridade. Para evitar que algumas unidades sejam mais demandadas que outras, a Secretaria de Saúde pede que a população fique atenta às informações sobre o perfil de atendimento de cada unidade da rede estadual. Isso porque há protocolos de assistência específicos para cada nível de complexidade e perfil de paciente.