Da Redação
MANAUS – Em pronunciamento nas redes sociais oficiais do Governo do Amazonas, na noite desta sexta-feira, 8, o governador Wilson Lima anunciou a reabertura do Hospital Nilton Lins para ampliar a capacidade de atendimento de pacientes com Covid-19 na rede estadual de saúde.
De acordo com o governador, apesar de nos últimos dois meses, o governo ter aumentado a quantidade de leitos em 134%, saltando de 457 para 1.164, o sistema está próximo do limite, o que exigiu a retomada do hospital de campanha.
“Eu informo a todos que o nosso sistema de saúde está muito próximo do limite de sua capacidade. Diante disso, o próximo passo é o processo de reabertura do hospital Nilton Lins”.
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, informou que é possível colocar em operação no hospital 81 leitos clínicos e até 22 leitos de UTI, somando 103 leitos.
Campêlo disse que a decisão foi precedida de ampla discussão, avaliando o cenário delicado da pandemia do novo coronavírus no Estado, que tem registrado altas taxas de ocupação das unidades estaduais.
Durante o pronunciamento, o governador afirmou que a estrutura está preparada para começar a funcionar e que será realizado um chamamento público para as empresas que têm interesse em prestar os serviços na unidade.
“Já estamos com a estrutura apta para começar a funcionar e iremos fazer um chamamento público para as empresas que têm interesse em prestar os serviços na unidade. Faço questão que a população acompanhe todas as sessões de contratação, que serão públicas e terão a participação de representantes dos órgãos de controle”, disse o governador.
Em dois meses, o governo criou 707 novos leitos na rede de saúde estadual em Manaus para atender pacientes com Covid-19. Todos esses leitos, caso o Estado tivesse colocado em hospitais de campanha, seriam o equivalente a três estruturas com a mesma capacidade do Pronto Socorro João Lucio, que possui 217 leitos.
“O que estamos fazendo é a maior ampliação da capacidade da saúde pública da história do Amazonas em um período de tempo tão curto. Mas, a ampliação de leitos não depende exclusivamente de espaço físico, camas, colchões e respiradores. Existe também a necessidade de pessoal e insumos, e por isso, iniciamos a contratação de profissionais de saúde para fortalecer os serviços de atendimento nas unidades de urgência e emergência”, explicou o governador Wilson Lima.
Além da quantidade de leitos, o Governo do Amazonas também aumentou a contratação de volume de oxigênio líquido, na área da saúde, passando de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. Um acréscimo de 382,9%.
Para os 61 municípios do interior do Estado foram destinados 875 leitos clínicos para atendimento de Covid-19. O Amazonas quase triplicou a quantidade de Unidades de Cuidados Intermediáriros no interior, saindo de 49 para 203 leitos em 33 municípios. Desses, 143 para pacientes Covid-19.
Governo federal
O aumento da oferta de leitos clínicos e de UTI também conta com o apoio do governo federal, que abriu as unidades de saúde referenciadas e disponibiliza equipamentos e medicamentos para rede de saúde do Estado.
“Nessa ampliação estamos utilizando todos os espaços possíveis em hospitais como a Beneficente Portuguesa e o HUGV [Hospital Universitário Getulio Vargas], que é de responsabilidade do governo federal”, disse Wilson Lima.
O governador também agradeceu a contribuição da iniciativa privada e de representantes da Justiça estadual e federal e dos órgãos de controle que, afirmou, têm sido fundamenteis na desburocratização nos trâmites de compra de insumos e materiais.
Vacinação
Wilson Lima também afirmou que o Governo do Estado tem preparado um plano de imunização da vacina para a população.
Na próxima segunda-feira, 11, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, desembarca em Manaus para tratar do assunto, assim como de outras demandas referentes à Covid-19 no Estado.
“Aguardamos, agora, pela notícia do início da vacinação aqui no nosso Estado. Estamos prontos para começar o plano de imunização e o governo do Estado possui agulhas e seringas para atender o público que será priorizado na fase inicial”.