Da Redação
MANAUS – Nesta segunda-feira, 6, a Susam (Secretaria de Estado da Saúde ) desativará o Hospital de Combate à Covid-19 Nilton Lins, na zona centro-sul de Manaus. A unidade manterá apenas a ala destinada a pacientes indígenas. A medida acontece após redução do número de internações e mortes pelo novo coronavírus.
Desde a última sexta-feira, 3, a Susam iniciou a reestruturação dos atendimentos e transferiu 14 pacientes para outras unidades de saúde, como o Delphina Aziz, na zona norte, e o Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo na zona leste da cidade.
De acordo com dados atualizados até às 11h desse sábado, 4, sete pacientes ainda estavam internados no Nilton Lins: três indígenas e quatro não indígenas, todos em leitos clínicos.
Com o encerramento do funcionamento do hospital, toda a estrutura de equipamentos disponibilizada pelo Governo do Amazonas será redistribuída nas unidades da rede estadual de saúde, informou a Susam.
O hospital foi aberto no dia 18 de abril com 148 leitos, sendo 40 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 108 clínicos. Desses, 59 são leitos da ala montada com o apoio do governo federal para o atendimento exclusivo de indígenas.
Pagamentos
A Procuradoria Geral do Estado (PGE) recomenda que os pagamentos dos contratos dos prestadores de serviço do Hospital de Combate à Covid-19 sejam feitos a partir de auditagem, para conferir a todos os processos maior transparência. Em ofício encaminhado à Susam, a PGE afirma que a auditoria vai permitir aferir a efetiva execução dos serviços e a correta liquidação das despesas. O hospital de campanha é alvo de ações judiciais devido ao aluguel de R$ 2,6 milhões por três meses. O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) também investiga o contrato. Nesse sábado, integrantes da CPI da Saúde visitaram o hospital. O mais recente caso envolvendo o Nilton Lins surgiu na própria CPI. Empresa de lavanderia que forneceu serviços à unidade de saúde tem endereço em local onde não funciona lavanderia.