MANAUS – Desde 2015, o município de Manaus está sem fiscalização eletrônica no trânsito, os conhecidos radares ou corujinhas. Os equipamentos foram retirados das ruas depois de denúncias de pagamentos irregulares à empresa Consladel, contratada em 2010 para prestar serviços na capital. O caso foi parar na Justiça.
No mesmo ano, a Prefeitura de Manaus realizou nova licitação, mas denúncias de irregularidades levaram o prefeito Arthur Virgílio Neto a cancelar o certame e a exonerar o gestor do Manaustrans, responsável pela gestão do trânsito à época.
Desde então, Manaus vive sem radares nas ruas. Para os motoristas, o equipamento não fez falta. Para o município, faz muita falta o montante de dinheiro arrecadado com as multas. Até 2015, quando ainda havia fiscalização eletrônica, o município arrecadava R$ 35 milhões em média com multas por ano. Em 2016, já sem os radares, houve uma queda significativa, e a arrecadação ficou em R$ 17 milhões.
Depois de 2015, as multas passaram a ser aplicadas apenas pelos agentes de trânsito. Mas esses profissionais estão cada vez mais ausentes das ruas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito de Manaus, Rafael Cordeiro, o município tem cerca de 370 profissionais, que tem carga de trabalho de 30 horas semanais.
Segundo Cordeiro, o Denatram (Departamento Nacional de Trânsito) tem um parâmetro para o número de agentes por município baseado no número de carros: 1 agente para cada 1 mil veículos. “Manaus tem cerca de 700 mil veículos”, diz o sindicalista. Portanto, o número de agentes deveria quase que dobrar.
E a questão do título se impõe. É melhor aumentar o número de agentes, voltar a instalar radares ou as duas coisas?
Nossa opinião é que os dois seriam bem vindos, mas com diferenças significativas dos radares retirados em 2015. Poderiam, por exemplo, ser instalados nos principais cruzamentos, para coibir o avanço de semáforo e o fechamento desses cruzamentos. Sobre os radares de limite de velocidade, a ausência deles nas ruas nesses anos mostrou que são dispensáveis.
O aumento do número de agentes também se faz necessário para coibir abusos, como os retornos proibidos, os “fura-filas” e o tráfego de carros pesados na esquerda das vias.
Para isso, os agentes precisam estar nas ruas em veículos de duas rodas, como nas melhores cidades do mundo. Mais para disciplinar do que para multar.
Este blog tem que ser imparcial. Só transmitir a notícia. A polícia federal deveria ter investigado e mandar prender os responsáveis pela fraude. Os radares são colocado estrategicamente para arrecadar dinheiro através das multas. Isto tem que acabar. Os agentes de trânsito só querem ficar multando dentro dos estacionamentos dos shoppings. E a passagem de nível da Constantino Nery continua irregular por está com altura abaixo do permitido pelo CONTRAN.