Da Redação
MANAUS – Os passageiros de ônibus do transporte público em Manaus continuarão a usar veículos com tempo de uso já esgotado, que envolve parte da frota. É que os empresários não pretendem renová-la, informa o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), devido aos custos. “O déficit acumulado de aproximadamente R$ 500 milhões e o déficit mensal de aproximadamente R$ 15 milhões inviabilizam os investimentos necessários para a renovação da frota e criam um cenário de insegurança jurídica extremamente desfavorável”, diz o sindicato em nota.
O Sinetram informa que é necessária uma ‘intervenção’ no sistema viário para que seja priorizado o transporte coletivo e não o individual. “Faz-se necessária a busca urgente pelo reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão do serviço de transporte coletivo, o que se faz com o aporte de recursos a título de subsídios principalmente, mas também com intervenções no sistema viário que priorizem o transporte coletivo em relação ao individual”, afirma.
As empresas estão sob intervenção financeira desde julho de 2019. A medida foi para permitir o pagamento em dia de salários e direitos trabalhistas dos trabalhadores do sistema e evitar greves. A intervenção ‘confiscou’ o dinheiro da bilhetagem eletrônica para assegurar os direitos dos rodoviários. Não teve impacto em termos de melhorias do transporte público na capital. A exceção é o valor da passagem, que foi mantido em R$ 3,80 com subsídio da Prefeitura. Os usuários passaram a ter menos ônibus nas linhas, segundo o próprio Sinetram, devido à redução de veículos circulando em função de adaptação das empresas à intervenção.
Em decreto, Arthur Neto adotou medidas para incentivar o uso do cartão Passa Fácil e evitar o pagamento da passagem em dinheiro.
Em relatório sobre a situação do transporte público em Manaus, exclusivamente por ônibus, a Prefeitura de Manaus sugere um sistema único centralizado nos ônibus e incluindo os alternativos – micro-ônibus que circulam apenas na zona leste da cidade – e os executivos, também micro-ônibus com linhas em todas as zonas da capital. Segundo o interventor Francisco Bezerra, a proposta deve ser apresentada ainda este mês ao prefeito Arthur Virgílio Neto. Deverá ser adotada também a análises constante de linhas, o estabelecimento de indicadores e metas e a avaliação do processo atual.
Entre os usuários, a realidade diária inclui panes e demora em chegar ao destino. É o caso da estudante de medicina veterinária Amanda Louise,23, que utiliza as linhas 519 e 350 para chegar à universidade. “Todo dia um ônibus fica no prego e isso acontece pela falta de manutenção que tem que ser feita. As portas são enferrujadas, o interior do ônibus é sujo, mas acredito que não seja obrigação do motorista e sim da empresa”, disse.
Sua maior preocupação são as atividades educacionais, que exigem deslocamento constante. Ela relata que seu trajeto é difícil. “Eu estudo e faço estágio, então uso ônibus sempre e na verdade a sensação é que o serviço piorou nos últimos meses”, afirmou.
O relatório, de 65 páginas, ainda não foi concluído. A previsão é que seja finalizado no primeiro semestre deste ano.
Parabéns ao portal Amazonas Atual, por essa matéria vazia, sem abordagem direta que dá voz a essa porcaria de sinetram… que sem dúvidas é umas das principais culpadas pelo desastre que é o sistema de transporte público coletivo em Manaus. Os testes de ferro estão passeando de carro importado… as sangrias para os partidos políticos estão em dias…mas nesses assuntos ninguém quer falar… vocês como jornalistas são uma vergonha.