Neste dia 1º de janeiro de 2023, começou o Governo Lula. A festa da posse foi emocionante, com presença de uma multidão de pessoas vindas de todos os cantos do país, vendo Lula subir a rampa do Palácio do Planalto pela terceira vez e recebendo a faixa pelo povo brasileiro.
Lula vem com o propósito de enfrentar a fome e a miséria, de combater a desigualdade social e lutar para melhorar a vida do povo. O quadro social se agravou no país, após o Golpe de 2016 e os governos de Temer e Bolsonaro, que destruíram todas as políticas de inclusão social e cortaram orçamentos para saúde, educação, segurança, ciência e tecnologia.
O relatório do Governo de Transição mostrou o quadro calamitoso do país. Lula disse que irá enviar para todos os poderes, políticos, entidades, universidades e instituições, para a sociedade tomar conhecimento de como encontrou o Governo Federal.
Esta semana, começaram as posses dos ministros nomeados pelo Lula, e que foram escolhidos num processo que incluiu indicações de todos os partidos que apoiam o governo. Nas próximas semanas, serão os cargos de 2º e 3º escalões.
Para o objetivo do combate à fome, todos os ministérios terão um papel importante, mas destaco o Ministério do Desenvolvimento Social, que vai administrar o Programa Bolsa Família; e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que atua no apoio aos agricultores familiares, produção de alimentos, assentamentos e regularização fundiária, por meio do Incra e da Conab.
O tema da fome também está na Campanha da Fraternidade de 2023, da CNBB, Fraternidade e Fome – “Dai-lhes vós mesmos de comer”, a qual cobra investimentos para garantir o direito fundamental à alimentação e deve mobilizar amplos setores da sociedade para este objetivo.
O novo Governo Lula deve dar maior atenção à Amazônia, com políticas de combate às atividades ilegais e predatórias e ações que beneficiem a população ribeirinha e indígena, sendo até criado o Ministério dos Povos Indígenas, bem como a possibilidade de receber recursos do exterior para o Fundo Amazônia.
Lula já falou que apoia a Zona Franca de Manaus, como fez em seus governos anteriores, quando prorrogou os incentivos da ZFM. Esta semana, falei com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que confirmou essa intenção. Junto ao ministro nomeado para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, enfatizei, dias atrás, a importância da ZFM para a economia do AM.
Muito mais se espera para o Amazonas, como a retomada de investimentos na infraestrutura, na construção de casas, na energia para o interior do Estado, na disponibilidade de internet, e na diversificação da economia do Estado.
Lula voltou. A esperança e o amor venceram o medo e o ódio. A democracia venceu.
Viva Lula. Sucesso.
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
Os artigos publicados neste espaço são de responsabilidade do autor e nem sempre refletem a linha editorial do AMAZONAS ATUAL.