Do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – A Ajufe (Associação dos Juízes Federais) apresentou uma questão de ordem ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar adiar o julgamento da ação que discute o pagamento de auxílio-moradia. O processo ainda não foi pautado formalmente, mas a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, indicou a entidades da magistratura que deve colocar o tema para votação em março.
A Ajufe alega que a ação deve ser retirada de pauta porque, segundo a entidade, o rito processual não foi cumprido. “Qual não foi a surpresa em constatar que o feito não podia, ainda, ser liberado, em razão de não estar concluída a instrução”, afirma.
A associação de juízes alega que precisa apresentar suas razões finais após a manifestação da AGU (Advocacia-Geral da União) e da PGR (Procuradoria-Geral da República). “Pedimos que a matéria seja retirada de pauta para que, inicialmente, seja promovida a intimação para apresentarmos a réplica à contestação e contrarrazões.”
Em dezembro do ano passado, o ministro Luiz Fux liberou para votação em plenário as decisões liminares (em caráter provisório) que proferiu em 2014 estendendo o auxílio-moradia, no valor de R$ 4.378, a todos os juízes do País. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) regulamentou o benefício e estabeleceu que todos juízes que não tenham residência oficial à disposição podem receber a ajuda de custo.
Depois disso, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) aprovou resolução que regulamentou a concessão de auxílio-moradia aos membros do Ministério Público da União e dos Estados.
As ações que pediam essa extensão foram ajuizadas no Supremo pela Ajufe, pela Associação dos AMB (Magistrados do Brasil) e pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).