Da Redação
MANAUS – Professores da Asprom-Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus) se reuniram em frente ao TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas), na zona centro-sul de Manaus, para protestar contra a decisão do desembargador Elci Simões, que manteve a ilegalidade da greve.
Na manifestação, às 8h30 deste terça-feira, 21, os manifestantes usaram máscaras com o rosto de Elci Simões, vendas nos olhos e realizaram performances com uma simulação de enforcamento como forma de crítica à decisão da Justiça.
“Nós professores nos encontramos indignados com a decisão do desembargador Elci Simões, que decidiu manter a nossa greve ilegal. No dia 17 ele fez um agravo e uma multa de R$ 20 mil e depois aumentou para R$ 40 mil reais por dia dizendo que a greve é ilegal”, disse a presidente da Asprom, Helma Sampaio.
O protesto foi pacífico, mas acompanhado por forte esquema de segurança formado por policiais militares. A decisão do desembargador foi em recurso apresentado pelo sindicato reivindicando o direito de greve.
Simulação de enforcamento
Ainda nesta terça-feira, o professor e membro da direção da Asprom-Sindical, Ivan Viana, 45, repetiu a simulação de enforcamento em passarela na Avenida André Araújo, próximo ao TJAM. Mas foi removido por policiais do local. Segundo a Polícia Civil, mais um professor, Adriano Furtado de Oliveira, 39, que participava do ato foi detido, ambos por causar transtorno ao trânsito.
Na última quarta-feira, 15, o desembargador Flávio Pascarelli negou o pedido de mandado de segurança do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) e manteve decisão que negou o direito de greve aos professores da rede estadual.
A paralisação dos professores da rede estadual completa 37 dias nesta terça-feira segue sem previsão de retorno das aulas. Os professores rejeitam os 4,73% oferecidos pelo governo e reivindicam 15% de aumento salarial.
(Colaborou Patrick Motta)