O vereador Mário Frota (PSDB) está determinado a disputar a presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM). A eleição será realizada só em dezembro, mas ele já se movimenta interna e externamente, de acordo com assessores dele. Neste fim de semana, Frota deve procurar o prefeito Arthur Virgílio Neto para comunicar a decisão e pedir apoio. Mas o vereador deve enfrentar resistência de outro companheiro de partido, que também está determinado a disputar o cargo. Ednaílson Rozenha, atual vice-líder do prefeito na Casa, também trabalha para pavimentar a candidatura dele e diz que ela passa por um processo interno e não por uma decisão do partido. Rozenha reconhece a legitimidade da candidatura de Frota, mas adverte que ele também é candidato com muita legitimidade. O parlamentar acha que ainda é cedo para iniciar a disputa e pretende, um pouco mais adiante, ter uma conversa com o prefeito Arthur.
Nos bastidores
Rozenha, no entanto, trabalha nos bastidores. A eleição na CMM resulta da formação de grupos que buscam o consenso entre os parlamentares, que têm o poder do voto. Ele quer chegar na eleição com o nome pronto para colocar a disposição dos colegas e afirma que o vencedor será o vereador que mais unir e mais representar os anseios dos vereadores.
Outros nomes
Além dos candidatos do PSDB, dois outros parlamentares se movimentam para disputar a presidência da CMM: Wilker Barreto (PHS), líder do prefeito na Casa, e Sildomar Abtibol (Pros), atual primeiro vice-presidente. Os dois também têm boa relação com o prefeito, e pelo menos um já tem um grupo formado no parlamento.
Debate da Band
A equipe de campanha do governador José Melo (Pros) não compareceu à reunião de preparação do debate entre os candidatos a governador no segundo turno da eleição, que a emissora vai realizar nesta quinta-feira, 9, e nem justificou a ausência. Não houve comunicação a respeito da participação de Melo no programa. Em caso de ausência de um dos candidatos, a regra é transformar o confronto em uma entrevista com o que comparecer.
Segundo turno
O apoio do PSB a um dos candidatos no segundo turno das eleições municipais será vazio ou sem peso se não houver manifestação de Marcelo Ramos, que disputou o governo do Estado e recebeu 180 mil votos. Ramos já advertiu que não é dono do voto de seus eleitores, e está correto. Contrariando o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral de que o voto é do partido e não do candidato, no caso de Ramos, aqueles que depositaram confiança no deputado o fizeram mais pelo desempenho dele na campanha do que pela cor partidária ou empenho do partido.
Saída do PSB
Marcelo Ramos também contestou as especulações de que estaria deixando o PSB a caminho da Rede Sustentabilidade, o partido que Marina Silva pretende formalizar. Apesar de ser um dos políticos amazonenses mais próximos de Marina, ele afirma que o PSB é o partido que o acolheu e não há qualquer manifestação a respeito da saída da legenda. No entanto, a Rede é o caminho natural do parlamentar para disputar as eleições de 2016.