MANAUS – A exclusividade do banco Bradesco, que obriga os usuários do Detran-AM a pagar as taxas de serviços no banco privado, já é um problema. Mas o Bradesco, um dos piores bancos públicos em termos de prestação de serviços, vai além. As agências não recebem o pagamento de quem não é correntista do banco, mesmo que o usuário tenha o dinheiro na mão.
Nesses tempos de pandemia em que o Detran-AM está de portas fechadas e passou a oferecer o “portal de serviços digitais”, a situação só piorou para quem não é correntista do Bradesco. O usuário pode fazer tudo de casa, menos pagar os boletos no banco em que tem conta corrente.
Obrigado a enfrentar uma fila nas agências Bradesco – e as filas são sempre um teste de paciência –, quando chega ao caixa, se não for correntista, o atendente orienta o usuário do Detran-AM a procurar um correspondente bancário.
Todos esses problemas poderiam ser eliminados se o Detran-AM fizesse o que fez a Sefaz-AM, que permite o pagamento do IPVA nos principais bancos públicos e privados.
A dobradinha Detran-AM/Bradesco joga por terra todo o esforço do governo em modernizar o atendimento online dos serviços de trânsito no Amazonas.
A assessoria do Detran-AM informou que correntistas de outros bancos podem pagar as taxas do órgão nos caixas eletrônicos do Bradesco. Mas essa orientação não é dada por funcionários do Bradesco a quem vai às agências.