Da Redação/Com Ascom TJAM
MANAUS – Os casos de assédio moral no trabalho são 20% maior no setor público que no privado, disse a médica e professora Margarida Barreto no curso ‘Assédio Moral no Trabalho’ promovido pelo TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas).
Uma das referências nacionais na pesquisa sobre assédio moral no trabalho e precursora na área de saúde sobre esse tema, Margarida disse que o sentimento de que não haverá punição é a causa do assédio. “As pessoas, muitas vezes, têm uma relação com o setor público como se fosse algo seu; também não acreditam que poderão ser punidas, pensam que ninguém vai se incomodar com isso porque é um ambiente do governo, ou porque é concursado, então tem estabilidade e passa a acreditar que nada poderá lhe acontecer; diferente da empresa privada, em que situações como essa muitas vezes resultam em demissões e com isso a pessoa já pensa que poderá ser mais difícil de arranjar outro emprego”, disse.
No Brasil, 54% dos assédios ocorrem com mulheres, de acordo com Margarida Barreto; e 46% são casos de homens assediados. Já no assédio sexual, a prevalência entre as vítimas é de mulheres. “E hoje, com todas as mudanças no mundo do trabalho, têm ocorrido casos com homens sendo vítimas de assédio, com maior registro de homem assediando outro homem”, afirmou a professora. Nesta quarta-feira, 30, o palestrante é o professor José Roberto Heloani, pós-doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área da Psicologia, com ênfase em Psicologia do Trabalho, Saúde no Trabalho e Psicodinâmica do Trabalho.