Temos uma tendência a reagir mal diante dos nossos erros, falhas e fracassos, quando deveríamos aprender com eles, e jamais guardá-los na lembrança. O lugar mais especial da mente é para as memórias boas, nossos troféus. Isso é o que traz equilíbrio, prosperidade e felicidade.
Pense que o fracasso não é ruim, se estamos preparados para tirar o melhor das nossas experiências, sejam elas vitoriosas ou não. Temos muito a aprender com as derrotas nessa batalha diária, que é a sobrevivência. Afinal, ninguém nasce sabendo, só erra quem faz e quem não se propõe a fazer não sai do lugar.
É uma reação natural do cérebro humano querer reter na memória a lembrança de experiências fracassadas, porque elas ameaçam a sobrevivência e ninguém quer errar para não sofrer. O bom é que é possível tirar vantagem dessas experiências.
As lembranças podem gerar sentimentos que vão nos levantar ou nos limitar e nos colocar para baixo. Essa é a diferença entre quem consegue transformar fracassos em aprendizado e quem vai, simplesmente, desistir, se sentir inútil, a ponto de não querer dar o próximo passo.
Se observarmos, na maior parte do tempo, somos felizes e as coisas funcionam muito bem, como quer nosso extinto de sobrevivência. Mas, quando algo dá errado, ficamos tristes, chateados, deprimidos, estressados. Sabe a personagem “Tristeza”, da animação Divertidamente? Exatamente assim, como ela.
É como se o mundo todo despencasse sobre nossas cabeças. Algumas pessoas ficam tão impactadas que chegam a descontar o sentimento de dor, raiva ou fracasso nos outros. Outras ficam frustradas consigo mesmas, se sentindo incapazes.
Tudo está no sentimento que o fracasso desperta em nós. O primeiro deles deveria ser de aceitação, porque você não vai mudar o que já aconteceu; depois, a vontade de remediar, ou seja, absorver, compreender e resolver, ou ver uma forma de reduzir o impacto; e, por último, o aprendizado.
As lições aprendidas em nossas experiências são presentes que devemos aceitar como prêmio pelo esforço. Não enxergá-las e não se apropriar é autossabotagem.
Quando lembrar do erro, pense que você só precisa se preparar melhor, não tenha medo de fazer de novo, não se limite, não se sabote.
Um dos principais sintomas do sentimento limitador provocado pelo medo de errar é a síndrome do impostor. É você não reconhecer seu repertório de sucesso, que é infinitamente maior que o de fracassos. O mundo está cheio de pessoas talentosas que, por medo de errar, se limitam à mediocridade.
Aprender a controlar nosso pensamento nos leva a desenvolver outros tipos de sentimento diante das adversidades. Lembra a lógica do pensamento ruim gera sentimento ruim? Libere-os e deixe a mente livre para as novas ideias.
Roseane Mota é jornalista, formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e aluna do programa mentorado Bússola Executiva. É servidora pública do quadro efetivo do Estado e coordenadora de Comunicação na Unidade Gestora de Projetos Especiais - UGPE, do Governo do Amazonas.
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