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© 2022 Amazonas Atual
Valmir Lima

A ‘tara’ do jornalismo brasileiro pela monarquia

6 de fevereiro de 2022 Valmir Lima
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Palácio do Planalto
A monarquia brasileira ficou no passado, mas o pais não abandonou a ideia de palácios e cortes (Foto: Marcos Corrêa/PR)

MANAUS – O jornalismo brasileiro tem uma espécie de “tara” pela monarquia. Tudo o que se passa nos mais longínquos “castelos” os editores de jornais, sites, rádios e TVs acham que é notícia de relevante interesse da sociedade. E tome matéria.

As últimas notícias são dos 70 anos de reinado da rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido. O que acontece no Palácio de Buckingham, na opinião dos principais jornais e agências de notícias brasileiros interessa aos reles mortais dos trópicos.

Um dos assuntos explorados no aniversário de 70 anos de reinado é uma carta da rainha em que ela diz querer que a esposa do príncipe Charles, Camilla Parker-Bowles, receba o título de rainha consorte quando o filho se tornar rei. Impressionante como essa notícia nos interessa.



O nascimento de um herdeiro do trono do Reino Unido mobiliza não apenas os jornalistas brasileiros, mas os de todo o mundo. As brigas entre os herdeiros da rainha Elizabeth, o que dizem as noras de Charles e o que fazem seus filhos no Reino Unido ou nos Estados Unidos também é destaque nos jornais brasileiros.

O Brasil teve um período de monarquia que durou 67 anos, de 1822 (ano da Independência) até 1989 (Proclamação da República), mas desde então, o país não consegue se afastar dos resquícios do período monárquico.

Um desses resquícios aparecem com mais evidência na política, em particular no Poder Judiciário e nos tribunais de contas, mas também no Legislativo e no Executivo.

E o jornalismo contribui e muito para manter viva essa chama. Os tribunais de todo o pais são tratados nos textos jornalísticos como “corte”. “Os membros da corte”, a “corte de contas”, a “Corte Suprema” ou a “Suprema Corte”.

No Judiciário, a maioria de seus membros se sentem como os nobres nos antigos regimes monárquicos. Reivindicam privilégios como os antigos duques e duquesas, marqueses e marquesas, condes, viscondes e barões ou baronesas.

O tratamento formal recebido nas “cortes” eles e elas querem ver estendidos à comunidade, ao condomínio, aos empregados da casa, tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Mas não é só isso: além dos salários, que são merecidos pelo trabalho prestado à sociedade, os membros das “cortes” não abrem mão de benesses que criam a seu bel prazer, usando o dinheiro público para bancar uma vida de regalias típica dos nobres.

No Legislativo, assistimos algo semelhante: o dinheiro do contribuinte usado para financiar regalias, como a famigerada Ceap (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar), criada no Congresso Nacional e estendida às Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais de todo o país.­ Mas os “nobres deputados e senadores” também têm direito a carros com motoristas, planos de saúde, auxílios disso e daquilo.

No Poder Executivo são poucos os que encaram sua missão com humildade, e até o local onde moram ou desempenham suas funções são chamados de “palácio” tanto pelos próprios gestores quanto pelos meios de comunicação. Palacio da Alvorada, Palácio do Planalto, Palácio Jaburu… Em todos os Estados os governadores moram ou trabalham em “palácios”.

E não só isso. Carros de luxo, uma patrulha de seguranças, uma claque de bajuladores são comuns. Nos municípios mais pobres, prefeitos exibem seus carrões nos primeiros meses de gestão, e passam a morar em casas de luxo assim que assumem o poder.

A ideia de que existe uma legião de súditos que trabalham para sustentar o luxo da monarquia ainda está muito presente na cabeça dos brasileiros, principalmente dos que conseguem chegar ao topo dos poderes constituídos.

Que essa gente se sinta como se vivessem na monarquia é até compreensível, mas o jornalismo deveria ter mais responsabilidade e trata-los como membros de uma democracia.


*Valmir Lima é jornalista, graduado pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas); mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia (Ufam), com pesquisa sobre rádios comunitárias no Amazonas. Atuou como professor em cursos de Jornalismo na Ufam e em instituições de ensino superior em Manaus. Trabalhou como repórter nos jornais A Crítica e Diário do Amazonas e como editor de opinião e política no Diário do Amazonas. Fundador do site AMAZONAS ATUAL.

Os artigos publicados neste espaço são de responsabilidade do autor e nem sempre refletem a linha editorial do AMAZONAS ATUAL.

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Assuntos jornalismo brasileiro, monarquia, poderes no Brasil, Suprema Corte
Valmir Lima 6 de fevereiro de 2022
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