Da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que não está em batalha judicial com o vice, Carlos Almeida Filho, e afirmou que as transferências de cargos no governo – motivo da disputa na Justiça – são apenas “adequações do Estado”.
Wilson Lima justificou a transferência de cargos da vice-governadoria para a Casa Civil como uma reformulação feita pela Unidade Gestora de Projetos e citou como exemplo a Secretaria de Saúde.
“Quando aconteceu a questão da Covid-19, quando nós retornamos às nossas atividades pelo menos parcialmente, montamos uma Unidade Gestora de Projetos. E essa unidade gestora fez uma reformulação do Estado. Inclusive lá na Secretaria de Saúde fizemos uma reformulação, aumentamos a quantidade de secretários-executivos, de sub-gerências”, disse.
Apesar de ter entrado com recurso contra a decisão que devolveu os cargos pleiteados por Carlos Almeida, Wilson Lima disse que não há uma batalha judicial, mas somente adequações administrativas.
“Então, tudo isso que a gente tem feito são ações visando adequar a nova estrutura do Estado. Não existe nenhum batalha, da minha parte não existe. Apenas adequações do Governo do Estado do Amazonas”, afirmou.
Entenda o caso
No último dia 8 deste mês, Carlos Almeida entrou na justiça contra o Wilson Lima pedindo anulação de dois decretos que transferiram nove cargos de confiança da vice-governadoria para a Casa Civil, em que Almeida era secretário até o dia 18 de maio, quando deixou o cargo. Almeida acusa o governador de perseguição política.
No mesmo dia, o desembargador Cláudio Roessing, do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas), suspendeu os dois decretos e mandou restituir à vice-governadoria os cargos.
No dia seguinte, o presidente do TJAM, desembargador Domingos Chalub, suspendeu a liminar concedida por Cláudio Roessing para suspender os efeitos dos decretos que retiravam os cargos.
Nesta quarta-feira, 16, o colegiado do TJAM decidirá se os cargos voltam para a vice-governadoria ou se permanecem na Casa Civil.
(Colaboraram Jullie Pereira e Murilo Rodrigues)