O Plano Estadual de Educação chegou à Assembleia Legislativa na terça-feira, 23, e nesta quinta, 26, foi aprovado em plenário. A tramitação recorde destoa da natureza do parlamento, que é por excelência um espaço de debate. Na Câmara Municipal de Manaus não foi muito diferente: chegou no dia 16 de junho e foi aprovado no dia 22. Nas duas casas, o debate foi enviesado e girou, basicamente, em torno da chamada “questão de gênero”, uma discussão sobre a inclusão ou não de termos que sugerem a inserção nas salas de aula de conteúdo defendido por entidades de defesa de gays, lésbicas e transsexuais. Os planos em âmbito estadual e municipal estabelecem metas que devem ser perseguidas pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Manaus nos próximos dez anos na educação. Portanto, mereceria uma discussão mais ampla nos parlamentos, inclusive com a consulta de educadores das instituições de ensino superior e pesquisadores da área. Matérias desse tipo não pode tramitar em regime de urgência ou com a urgência observada nos dois casos.