Da Redação
MANAUS – A Susam (Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas) pagará dois meses de contratos atrasados a 14 empresas médicas neste mês de novembro e promete quitar mais parcelas em dezembro com dinheiro liberado pela Assembleia Legislativa, na quarta-feira, 14, mas será impossível quitar a dívida antes do fim do mandado de Amazonino Mendes, que fica no cargo até 31 de dezembro.
O secretário da Susam, Francisco Deodato, disse que a partir do dia 21 deste mês até o dia 7 de dezembro, o governo vai pagar “duas competências”, o que significa os meses de julho e agosto. A previsão é de que, a partir do dia 10 de dezembro, o dinheiro dos fundos já esteja disponíveis para pagamento de novas parcelas atrasadas.
“Na verdade, as pendências que ficarão [para o próximo governo] são aquelas inerentes à limitação do orçamento que a secretaria de saúde vai conseguir até o final do ano, que como nós já dissemos, sera da ordem de R$ 2,7 bilhões”, disse Deodato. Em outra oportunidade, o secretário disse que as despesas da pasta devem chegar a R$ 3 bilhões.
Proposta aceita
As empresas aceitaram a proposta e fecharam acordo em reunião com o secretário Francisco Deodato na manhã desta sexta-feira, 16. Os pagamentos estão atrasados desde julho. Com o acerto, as empresas decidiram não paralisar mais as cirurgias eletivas a partir do dia 21 deste mês.
Na reunião não foi definido o valor a ser pago, mas apenas as datas das parcelas. A primeira será no dia 21 deste mês de novembro, referente a julho, e a segunda após o dia 10 de dezembro, relativa a agosto. O dinheiro sairá do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento) e do FMPES (Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O remanejamento foi aprovado na quarta-feira, 14, pelos deputados estaduais.
Francisco Deodato disse que a prioridade será as empresas médicas e de recursos humanos. Além de médicos, há também as empresas que contratam enfermeiros, técnicos de enfermagem, e terceirizados de limpeza e segurança. “Com o acordo, está suspensa a paralisação das cirurgias eletivas que deixariam de ser feitas a partir do dia 21”, disse o secretário, ao anunciar que uma nota pública conjunta da Susam e das empresas médicas será publica ainda nesta sexta com os termos do acordo.
“O ideal era receber pelo menos três meses, mas entendemos as dificuldades financeiras do Estado”, disse o médico José Marques, diretor do Icea (Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas), que confirmou a suspensão da paralisação das cirurgias. “É claro que poderemos deixar de fazê-las novamente caso o governo não cumpra o acordo”, endossou Anna Cristina Antony Hoagen, do Itoam (Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Amazonas).
A Susam irá dispor de R$ 122 milhões em novembro e dezembro de remanejamento dos fundos.
Confira a nota da Susam e a lista de empresas que aceitaram o acordo.