Da Redação
MANAUS – O Movimento Socioambiental SOS Encontro das Águas realiza neste domingo, 18, das 8h às 11, no bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona leste de Manaus, o evento “Encontro das Águas sem lixo”. O objetivo é proteger e resguardar o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, assim como as populações ribeirinhas que habitam o seu entorno.
O trabalho será realizado em parceria com a Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Pública), a entidade Garis da Alegria e a CAAMA (Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa do Amazonas).
O local onde será realizada a limpeza fica nas margens do Rio Amazonas, sub influencia das águas do Rio Negro e é frontal ao Encontro das Águas, no bairro Colônia Antonio Aleixo, zona leste de Manaus. A área é conhecida como Ponta das Lajes ou Mirante da Embratel. “Para quem não conhece o local esta ação é uma boa oportunidade para apreciar de um local privilegiado o belíssimo Encontro das Águas”, afirma Valter Calheiros, um dos organizadores do evento.
Recentemente a Prefeitura de Manaus anunciou a construção de um balneário que deverá contar com um mirante, praia, museu e possivelmente de um teleférico. Diante do anunciada proposta de construção da “Ponta Branca”, o movimento SOS Encontro das Águas alerta que o empreendimento merece todo o acompanhamento e análise por parte da sociedade, inclusive a manutenção das topônimos originais.
“A Ponta das Lajes, o Mirante da Embratel, a praia em frente da Reserva da Soka Gakkai, localizada no Encontro das Águas, devem ser preservados para o usufruto de todas as gerações, pois é um espaço de grande valor científico, paisagístico, cultural e ecológico, onde recentemente foi registrado um importante Sítio Arqueológico com idade de 2.000 a 7.000 anos”, lembra Calheiros.
Na ação voluntária deste domingo, os participantes, além de coletarem dezenas de toneladas de lixo depositados pelos usuários na praia e no afloramento rochoso daquela área de lazer, vão tentar sensibilizar os usuários sobe a importância da conservação do Encontro das Águas.
“A ação de limpeza é um ato para lembrar que governos e cidadãos têm que assumir a natureza e a cultura do Encontro das Águas como bens comuns tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e que devem ser conservado”, afirma Valter Calheiros.
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