Laudo pedido pelo STF diz que cardiopatia do ex-presidente do PT não se caracteriza como grave
BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou nesta terça-feira que o laudo pericial sobre o estado de saúde do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), divulgado hoje e feito pelos médicos da Universidade de Brasília (UnB) a pedido do Supremo Tribunal Federal, servirá apenas para o presidente do STF, Joaquim Barbosa, decidir se o parlamentar cumprirá a prisão em regime domiciliar ou semiaberto. Genoino foi condenado no escândalo do mensalão.
A possível aposentadoria por invalidez de Genoino ainda depende de laudo da junta médica da Câmara dos Deputados, que examinou o parlamentar nesta segunda-feira (25). Henrique Alves afirmou que não pediu pressa aos médicos da Câmara, mas sim que produza um laudo com “qualidade e perfeição”, já que esse documento será fundamental para decidir sobre o futuro de uma pessoa.
Alves disse ainda que aguarda esse laudo “de forma serena e responsável’. Ele acredita que o laudo seja divulgado até amanhã, a tempo de ser analisado durante a reunião da Mesa Diretora da Câmara, marcada para quinta-feira (28).
Fatores estressantes
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi contundente ao afirmar que o laudo divulgado pela UnB justifica tanto a prisão domiciliar quanto a aposentadoria por invalidez, já que o documento médico diz que Genoino deve fazer atividades físicas de forma moderada e também sofrer restrições quanto a fatores psicológicos estressantes.
Vaccarezza afirmou que “prender um cidadão ou mantê-lo como deputado nessas condições” significaria “ampliar os fatores estressantes que podem levá-lo ao óbito”.