Da Redação
MANAUS – O repórter fotográfico Sandro Pereira, que trabalha para agências nacionais e internacionais, foi detido no sábado, 2, durante a rebelião no presídio do Puraquequara, em Manaus, teve o material apreendido e as imagens captadas por um drone apagadas por policiais da SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) e funcionários da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária).
Sandro afirma que estava fazendo as imagens com o drone e quando descia o equipamento foi abordado por cinco policiais, um deles usava um colete, que parecia ser policial civil. Os policiais pediram para que ele os acompanhasse e o levaram para a área interna do presídio, onde passou cerca de uma hora.
No tempo em que ficou detido, os policiais procuravam um computador para apagar as fotos. Conseguiram depois muito tempo, relata Sandro ao ATUAL. Funcionários da Seap, vestidos com camisetas da secretaria, copiaram as imagens para um computador, as apagaram do cartão de memória e devolveram o equipamento ao repórter fotográfico.
De acordo com Sandro Pereira, os policiais alegaram que ele não poderia usar o drone naquele local por se tratar de área restrita.
Durante a rebelião, a assessoria da SSP divulgou a seguinte mensagem endereçada aos jornalistas: “Pedimos encarecidamente aos colegas de imprensa que estão cobrindo a situação na UPP com drones que afastem os equipamentos. A aeronave da secretaria está na área e há risco de acidente aéreo em virtude dos drones. A recomendação do Departamento de Operações Aéreas da SSP é que os equipamentos sejam recolhidos.”
Sandro Pereira afirmou que a mensagem foi enviada pela assessoria depois que ele foi detido, e que desceu o drone no momento em que ouviu o barulho do helicóptero da PM se aproximar do presídio.
Em relato no seu perfil no Facebook, Sandro fala em desistir da profissão porque não há liberdade de imprensa no Amazonas.
Questionada sobre o episódio, a assessoria da SSP informou que não houve registro oficial da reclamação do repórter fotográfico e nem confirmação da veracidade dos fatos narrados por ele. “É preciso registrar a denúncia nas Corregedorias da Seap e da SSP”, disse a assessoria.
É proibido filmar ou fotografar dentro da área do Presídio! Sabemos que os presos podem fazerem fotos e repassar a quem eles quizerem, porém é arriscado eles perderem o celular lá dentro! Hehehehehe
Mas e por que é proibido? Pelo simples fato, que uma foto assim, pode ajudar em uma fuga, por exemplo! As saídas, quantos guardas, tipo de armamento, tudo!