Por Victor Ohana e Eduardo Laguna, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – Pré-candidato à presidência da Câmara, o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), defendeu que a agenda dos parlamentares não seja de “radicalização”.
A declaração ocorreu após ter deixado a 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizado em um hotel, em São Paulo, nesta segunda-feira (21). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também estava no evento.
“A nossa candidatura é uma candidatura a favor da Casa. É uma candidatura que tem que representar o sentimento dos parlamentares. E nesse sentimento dos parlamentares, está o diálogo com os outros Poderes, com o Executivo, com o Judiciário”, declarou Motta.
Motta prosseguiu: “Podemos ter uma agenda propositiva, que se preocupe com o país, que possamos discutir os verdadeiros problemas da população e, com isso, possamos sair de uma agenda de radicalização que, ao meu ver, não contribui em nada com as soluções que precisamos dar aos sérios problemas que a população brasileira enfrenta”.
Na sequência, Motta disse ter “confiança” em um consenso em torno de sua candidatura. “Temos confiança de que construiremos essa candidatura de consenso, da extrema-direita à extrema-esquerda, para que tenhamos a casa funcionando bem, os partidos respeitados, e que cada um possa defender a pauta que entende ser importante para o país”, afirmou.
Em discurso na solenidade, Lira cortejou Motta e afirmou que a condução da presidência da Câmara “se deve à qualidade dos seus líderes”. A jornalistas, ele disse que deve se posicionar oficialmente sobre o seu sucessor após o 2º turno das eleições municipais.
A cerimônia homenageou os 100 anos do etanol no Brasil e as personalidades “pivôs” no avanço do setor. Lira foi reverenciado por projetos como o Combustível do Futuro, Hidrogênio Verde e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).