Do ATUAL
MANAUS – Das 11 licenças solicitadas pela Potássio do Brasil Ltda. para exploração do minério em Autazes (a 112 quilômetros de Manaus), a empresa obteve quatro. O Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) concedeu mais três autorizações à companhia para o Projeto de Potássio Autazes.
As três Licenças de Instalação autorizam a construção de um porto fluvial às margens do Rio Madeira, um Terminal de Embarque de Minérios e a perfuração de dois poços de captação de água.
Segundo a Potássio do Brasil, o porto de barcaças terá maior capacidade que os portos do Arco Norte (Itacoatiara, Vila do Conde e Santarém) juntos, que são via de entrada de fertilizantes importados na Bacia do Amazonas, e recebem em torno de 1,7 milhões de toneladas.
O porto da Potássio do Brasil na Vila de Urucurituba, em Autazes, sozinho, vai encaminhar 2,4 milhões de toneladas de cloreto de potássio totalmente voltado para o agronegócio brasileiro, informou a empresa.
A primeira licença foi para construção dos poços da mina subterrânea, emitida no dia 8 de abril. A Potássio do Brasil informa que cumpriu o protocolo das Nações Unidas da Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT-169), que prevê a consulta livre, prévia, e de boa-fé às populações indígenas.
Conforme a companhia, o Projeto Potássio Autazes foi aprovado por 90% das 34 aldeias de um total de 36 que compõem o povo Mura, que ultrapassa amplamente a exigência de aprovação por pelo menos 60% dos votantes.
O possível impacto ambiental e socioeconômico nas comunidades indígenas era o principal entrave à liberação das autorizações pelo Governo do Amazonas. Lideranças indígenas alegavam que não haviam sido consultados sobre a exploração do minério.
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A Potássio informa que um segundo furo geotécnico de 1.000 metros de profundidade está em fase de conclusão para obtenção de informações técnicas importantes para perfuração e construção do poço.
“Com a emissão das Licenças de Instalação da mina, do porto, do terminal de embarque e dos dois poços de captação de água, a empresa está pronta para dar início às atividades de construção no campo, com a mobilização de pessoal e equipamentos, dentro das áreas previstas e aprovadas pelo órgão ambiental”, disse o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit.
Empregos
A empresa também começou a receber currículos de interessados em trabalhar no Projeto Potássio Autazes. Uma página específica foi criada no site da empresa, para que as pessoas interessadas possam submeter seus currículos, em http//www.potassiodobrasil.com.br/trabalhe-conosco. Em menos de 3 semanas já recebeu centenas de manifestações de interesse foram recebidas da comunidade interessada em participar da construção do Projeto Potássio Autazes.
Para os potenciais fornecedores de produtos e serviços, a empresa também criou um cadastro específico em http://www.potassiodobrasil.com.br/fornecedores e, também, já recebeu um volume grande de interessados.
Apresentações sobre o Projeto Potássio Autazes estão planejadas para as próximas semanas para interessados em participar de processos de contratação de produtos e serviços durante as obras e, mais a frente, durante os mais de 25 anos de operação do Projeto Potássio Autazes.
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A Brazil Potash Corp começou a instalar o Projeto Potássio Autazes no estado do Amazonas em 2009, através da sua subsidiária integral Potássio do Brasil Ltda. A empresa possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, somando 15% de investidores nacionais e 85% são investidores estrangeiros, com perspectivas de atração de mais investidores brasileiros à medida que o projeto é desenvolvido.