Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Com o fim da prisão temporária expedida pela Justiça Federal, os irmãos Manssur e Murad Aziz deixaram o CDPM (Centro de Detenção Provisória Masculino), onde estavam presos desde a última sexta-feira, 19, na manhã desta quarta-feira, 24. De acordo com a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), apenas Murad Aziz continua preso.
A Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) tinham até essa terça-feira, 23, para pedir a prorrogação da prisão ou transformação das temporárias em preventivas, mas nenhum pedido foi ajuizado até o fim do prazo. No caso de Murad Aziz, a prisão dele foi decretada pela 2ª Vara de Família da Justiça de Roraima porque ele deve R$ 12 mil de pensão alimentícia aos filhos.
Sobre as prisões dos policiais militares José Renato de Lima, Ricart Campos Marques, Paulo José Gomes da Silva e Josenário de Figueiredo, a Polícia Militar não informou se eles foram liberados. Em nota, a PM afirmou que os policiais estão à disposição da Justiça e cumprem as determinações judiciais” e que “informações relacionadas sobre as ações da operação é de responsabilidade da Polícia Federal, que está à frente das investigações”.
No domingo, 21, o TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) concedeu habeas corpus para a ex-primeira-dama do Estado Nejmi Aziz e na segunda-feira, 22, liberou um empresário. No caso de Nacife Bacry, o juiz Marllon Souza, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas, converteu a prisão temporária em medida cautelar porque ela possui doença crônica, segundo a Justiça Federal.
As prisões temporárias tem o prazo de cinco dias e podem ser prorrogadas por igual período caso a Polícia Federal ou o MPF entendam que seja necessário para o andamento das investigações. A partir dos materiais colhidos nas buscas e apreensões e nas audiências dos investigados, o MPF, caso entenda que haja provas suficientes que provem a prática de crimes, irá apresentar ação penal contra os investigados.