Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Ao comentar sobre o novo decreto do presidente Jair Bolsonaro que zerou a alíquota do IPI dos concentrados, na manhã desta segunda-feira (1), o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou que não pode “concordar com um governo de burros”. “O Bolsonaro está tratando o povo do Amazonas com chicote”, disse o prefeito.
“Eu não entendo o governo Bolsonaro com relação ao Amazonas. Tem tanta gente burra ao mesmo tempo perto do presidente. Na quarta-feira, ele libera a licença ambiental da [rodovia] BR-319. Tem tanta gente burra ao lado dele que na sexta-feira ele zera o IPI dos concentrados. O que ele ganha na quarta ele perde na sexta”, afirmou David.
Na última quinta-feira (28), o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, anunciou que o Ibama concedeu licença prévia para recuperação do “trecho do meio” da rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho (RO). As tratativas para recuperação da rodovia se arrastam há anos e são pautas constantes de políticos no período eleitoral.
Na sexta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto nº 11.158/2022, que zera as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os concentrados. A medida afeta a ZFM, pois as empresas que produzem o xarope dos refrigerantes na capital deixariam de receber incentivos fiscais que correspondem ao valor do imposto.
David disse que não apoia Bolsonaro em razão dos constantes ataques do presidente à ZFM. “Com relação ao presidente Bolsonaro, vou deixar bem claro: eu sou evangélico, protestante, de direita, defendo tudo o que ele defende, mas sou totalmente contrário a esses ataques que ele faz à Zona Franca de Manaus”, declarou o prefeito.
Para David, todo amazonense que votou em Bolsonaro deveria cobrá-lo, como ele tem feito. “Ele está tirando emprego da gente, está nos maltratando. Eu, como eleitor, queria que todo eleitor amazonense o cobrasse como eu cobro. Eu fui eleitor dele, o candidato eleito não pode tratar o povo com chicote”, afirmou o prefeito.
“Eu não vivo diante de um fanatismo cego. As pessoas votaram nele e tem que cobrar ele. Ele ataca a gente e tem gente que aplaude. Quando faltar emprego, quando faltar comida, vão lembrar do que eu estou falando. Eu estou pedindo que o povo abra os olhos. Nenhum eleitor do Amazonas pode concordar”, completou David.
David disse que votou em Bolsonaro porque defende pautas como Deus, pátria e família, não o presidente. Ele também cobrou políticos que não se manifestam contra os ataques de Bolsonaro à ZFM. “O cara está atacando o meu estado e eu vou aplaudi-lo? Tem político que se elege aqui e não fala nada contra ele”, afirmou o prefeito.
“É uma opção dele não dar nada para o Amazonas, como não deu. Agora, tirar o que a gente tem… E tem gente que aplaude, tem político aliado dele que defende o fim da Zona Franca. Eu não fico calado. E toda vez que eu fui inquirido e for perguntado disso, eu tenho que me pronunciar. Eu defendo o meu povo”, disse David.
“Tem um ditado no Amazonas que diz assim: farinha pouca, o meu pirão primeiro. O meu pirão é a Zona Franca. O Bolsonaro está tirando a nossa farinha”, completou David.
Wilson e Lula
David reforçou que apoia o governador Wilson Lima (União Brasil), que busca a reeleição. David indicará o nome do vice na chapa do governador.
Sobre a decisão de André Janones (Avante) de desistir da candidatura a presidente da República e apoiar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, David disse que não vota em Lula. “O Janones vai apoiar o Lula. Problema é do Janones. Eu sou o David. Eu tenho autonomia no meu partido para decidir para onde eu vou”, disse o prefeito.
Esses políticos que acham que o Brasil está num mau caminho e elogiam os governos socialistas e comunistas, deveriam se mudar para esses países. Quem sabe lá eles seriam muito bem tratados quando cometessem as falcatruas que cometem aqui.
Conversa pra boi dormir, os amazonenses vão reclamar pq vão pagar menos impostos? Isso na cabeça desse burro