
Por Rosiene Carvalho e Valmir Lima
MANAUS – A empresária Nair Blair, pivô do processo que resultou na cassação do governador José Melo pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas), acusou a Polícia Federal de ter forjado o flagrante que resultou na prisão dela e de outra pessoa, no segundo turno das eleições de 2014, em um comitê de campanha do candidato à reeleição, e que foi obrigada a assinar a confissão de culpa por um crime que não cometeu. Ela foi acusada de usar dinheiro de um contrato com o governo do Estado para comprar votos em favor do candidato José Melo.
Durante a coletiva, na presença de advogados, Nair Blair contou que depois da apreensão de material no comitê de campanha do governador José Melo ela foi detida e convidada a ir à sede da Polícia Federal onde ficou esperando por mais de duas horas. Nair disse que um delegado pegou a bolsa dela, onde havia R$ 14,6 mil que ela usaria em uma viagem agendada para aquele dia, e o valor foi subtraído da bolsa. Foram devolvidos apenas R$ 7,6 mil.
Ainda segundo ela, depois de devolverem a bolsa sem nada, os policiais federais apareceram com caixa onde havia recibos em branco, planilhas, pastas e computadores. Blair disse que desconhecia o material, porque não estava com ela. “Lá forjaram um flagrante. Apresentaram uma pessoa que supostamente estava comigo e que eu não conhecia, a senhora Carine (vereadora de Parintins, Carine Cristine Costa Brito), que eu conheci lá, e chegaram com uma caixas. Eu tive que esperar até duas horas da tarde pra receber uma caixa com recibos que até então estavam em branco, com pastas, planilhas e computadores, os quais eu desconheço porque não estavam comigo. Eu estava hospedada num hotel e estava em uma reunião com uma bolsa”, disse.
Nair Blair afirmou que foi obrigada, para poder sair da sede da Polícia Federal e passar a noite presa, a assinar uma confissão de culpa. “Eu assinei a confissão de culpa depois de mais de 12 horas na polícia e ai ele (o delegado) disse que eu tinha que pagar fiança para sair. E eu disse: por que eu vou pagar fiança se não estou presa”.
Ela disse que estava na coletiva pedindo em nome da família dela que a justiça fosse feita. “Não houve crime, não houve compra de votos. Eu não cometi nenhum crime. E hoje vou às últimas instâncias e gostaria de contar com a colaboração da imprensa e da população de Manaus que me ajude. Eu não sei a quem possa interessar esse julgamento. A mim não está nada agradável ser citada como pivô de um caso que não ocorreu”, declarou.
A empresária não explicou porque só agora, as vésperas da eleição municipal, decidiu vir a público para revelar a história. Disse que não fez a declaração antes porque se recuperava de problemas de saúde.
Fala sério,será que ela pensa que o povo e burro, só agora na véspera da eleição que ela vem contar essa história!
Nossa que cara de pauta que ela é tem que devolver o nosso 1 milhão vc ja era pra ta presa e não mentindo pras mídias pensa que engana é ???
Entre essa bandida e a Polícia Federal, fico com a policia federal. Acusar a PF é erro fatal. Se tivesse um pouco de inteligência, deveria te ficado quieta. Mas foi melhor assim.