Da Redação
MANAUS – Manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro fizeram nova manifestação em frente ao prédio do do STF (Supremo Tribunal Federal) na noite deste sábado, 13, e atiraram fogos de artifício contra o prédio do Poder Judiciário.
Em um vídeo que ganhou as redes sociais, um manifestante berra palavras contra os ministros do Supremo e diz que os fogos lançados em direção ao prédio do STF é um recado.
“Se prepare, Supremo dos bandidos. Aqui é o povo que manda nessa nação”. “Olha aí, seus bandidos, Supremo dos infernos”. “É o povo, seus comunistas vendidos, bandidos…Ta entendendo o recado?”, grita com os fogos estourando ao fundo.
O vídeo não mostra a quantidade de pessoas que se apresenta como “o povo”, mas é possível perceber um movimento pequeno em volta do prédio do Judiciário, em Brasília.
A manifestação ocorreu depois que a polícia do Distrito Federal desmontou um acampamento do grupo denominado 300 Brasil que estava há mais de um mês na área central de Brasília.
O acampamento tinha como líder a ativista Sara Winter, investigada no âmbito do inquérito das fake news do STF e foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Federal no final de maio. Ela teve celular e computador apreendidos pela corporação. Após a ação, ela falou em “infernizar” a vida de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo que autorizou a ação, e em “trocar socos” com ele.
Na sexta-feira, 12, uma decisão do ministro Luiz Fux, em ação ajuizada pelo PDT, irritou o presidente Jair Bolsonaro, que soltou uma nota coassinada pelo vice-presidente Hamilton Mourão e pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo.
Luiz Fux decidiu que as Forças Armadas não é um poder moderador. O ministro delimitou, na decisão, a interpretação da Constituição e da lei que disciplina as Forças Armadas para esclarecer que elas não permitem a intervenção do Exército sobre o Legislativo, o Judiciário ou o Executivo nem dão aos militares a atribuição de poder moderador.
Horas depois, Bolsonaro divulgou nota afirmando que as Forças Armadas “não cumprem ordens absurdas” e não aceitam tentativas de tomada de poder decorrentes de “julgamentos políticos”.