Da Redação
MANAUS – O prefeito David Almeida disse que Manaus tem mais três meses de reserva de sepulturas no maior cemitério público da cidade – o Nossa Senhora Aparecida –, no bairro Tarumã, na zona oeste, e que está contratando empresa para a construção de um novo cemitério, no formato vertical, com 22 mil gavetas. De forma emergencial, a intenção é ter 6 mil sepulturas nesse formato.
Almeida anunciou a medida em entrevista à CNN 360, canal da emissora de jornalismo no YouTube, na tarde desta terça-feira, 5.
“Ainda temos alguma reserva. Possivelmente tenhamos dois a três meses com relação à vaga de sepultamento. Vamos construir de forma rápida mais 6 mil covas de um total de 22 mil, estamos contratando para que de forma emergencial nós possamos garantir que as famílias possam ter os entes queridos sepultados de forma digna”, disse o prefeito.
“Vamos fazer os chamados cemitérios verticais, que aqui em Manaus é uma novidade, só temos os sepultamentos de forma tradicional. Estamos construindo esse cemitério no mesmo lugar que estão sendo sepultadas as vítimas de Covid”, disse.
Vacina
O prefeito também informou que está em tratativas com empresas privadas para a aquisição da vacina e que isso deve acontecer assim que a Anvisa liberar a aplicação. “Nós estamos trabalhando com algumas empresas privadas na questão da aquisição das vacinas para que assim que tiver o registro e também autorização da Anvisa nós possamos adquirir para que de forma rápida e urgente nós possamos fazer imunização da nossa cidade”, disse.
Médicos
David Almeida revelou que a rede municipal de saúde tem 62 médicos afastados por contraírem a doença. Segundo o prefeito, já há estudos para definir contratações de profissionais de saúde para a atenção básica, que dispõem de 18 Unidades Básicas de Saúde e três móveis.
As UBS já realizam a testagem rápido de Covid 19 e distribuem medicamentos, 22 deles indicados para o tratamento na fase inicial da doença.
Sobre a reativação de hopspital de campanha, David Almeida disse que depende de credenciamento do hospital particular Nilton Lins no Ministério da Saúde. A unidade privada tem 350 leitos, dos quais a intenção é usar entre 100 a 120 leitos de UTIs para pacientes de Covid-19. “Creio que esta deve ser uma das boas soluções para oferecer leitos à população da cidade de Manaus”, disse Almeida.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, que instalou hospital de campanha no Nilton Lins no ano passado, descartou fazê-lo novamente. Ele considera inviável a reativação porque a abertura de leitos na rede pública e particular equivale a duas unidades de campanha.
O Hospital de Campanha Nilton Lins foi desativado em julho do ano passado após a redução do número de internações por Covid-19, depois do pico da pandemia entre os meses de abril e maio.