Da Redação
MANAUS – Em resposta aos questionamentos sobre reabertura do hospital de campanha, o governador Wilson Lima afirmou que não é viável reativar a estrutura e que está aumentando leitos nas unidades de saúde existentes. Em pronunciamento na manhã desta segunda-feira, 4, ele explicou a decisão de não reestruturar o hospital de campanha instalado nas dependencias do hospital particular Nilton Lins, na zona centro-sul de Manaus, durante o pico da pandemia entre abril e julho de 2020.
“Tem muita gente questionando sobre o hospital de campanha: ‘governador e o hospital de campanha? Por que não monta um hospital de campanha?’ Só nesse período da pandemia nós abrimos 613 leitos. Quantos leitos tem um hospital de campanha? 300 leitos? Ou seja, nós abrimos praticamente dois hospitais de campanha”, disse.
“Quanto tempo levaria pra abrir um hospital? Um mês? 45 dias? De onde viriam os profissionais se hoje há uma escassez muito grande no mercado? Eu teria que tirar profissionais das unidades de saúde para colocar nesse hospital. De onde viriam os equipamentos, rede de gases, destinação de lixo hospitalar? Enfim, uma infraestrutura que já tem nos hospitais, onde estamos fazendo adaptação, sem gastar muito, apenas fazendo o remanejamento para que os leitos entrem em funcionamento”, disse Lima.
O governo deve continuar investindo na reestruturação das unidades de saúde e na abertura de leitos em hospitais parceiros, como o Beneficente Portuguesa, que nesse domingo passou a disponibilizar 30 leitos para pacientes de Covid-19, sendo 10 de UTI e 20 de leitos clínicos.
“Abrimos novos leitos na FecCon, na Beneficente Portugueês, temos leitos abertos no HUGV, abrimos mais leitos no Delphina Aziz. O Delphina tava com 90 leitos de UTI e hoje tem 150 leitos de UTI. Estamos abrindo um outro espaço no Delphina, para mais 56 leitos clínicos, é uma unidade que vai ultrapassar os 400 leitos disponíveis”, alegou.
O hospital de campanha Nilton Lins foi desativado em 6 de julho. À época, o hospital foi desativado por conta da redução no número de infectados e todos os pacientes foram transferidos para outras unidades de saúde. O aluguel do hospital tinha o custo de R$ 2,6 milhões ao estado e seu contrato é investigado pelo MPAM (Ministério Público do Amazonas).