Da Redação
MANAUS – O juiz Ronnie Frank Torres Stone, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Amazonas, rejeitou denúncia de improbidade administrativa contra o ex-governador José Melo pelo massacre de 56 presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) ocorrido em janeiro de 2017.
A ação foi ajuizada pelo MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) e alcançou Pedro Florêncio Filho, que à época era diretor do presídio, e a empresa Umanizzare, que fazia a co-gestão do Compaj.
O magistrado afirmou que não encontrou “qualquer indício de possível responsabilidade dos Requeridos pelo evento descrito na inicial que, como notório, marcou e marcará para sempre a sociedade amazonense, mas que está longe de ser o resultado da conduta ou omissão desse ou daquele gestor, muito menos dos Requeridos”.
Três dias depois do massacre, ocorrido em 1° de janeiro de 2017, Melo fez uma declaração polêmica que soou quase como uma aprovação do que havia ocorrido no presídio.
“Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores (…) e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas”, disse então governador, em entrevista a uma rádio de Manaus.