Da Redação
MANAUS – Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM) comemoraram o arquivamento de processo no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre recebimento de propina na construção da Ponte Rio Negro, que custou mais de R$ 1 bilhão. A decisão de encerrar a investigação foi do ministro Alexandre de Moraes, por falta de provas. “A justiça foi feita no tempo de Deus”, afirmou Omar Aziz. “Quem não deve não teme”, disse Braga. As declarações foram publicadas pelos senadores em suas páginas no Facebook.
No sábado, 9, o senador Eduardo Braga disse na sua rede social: “Quem não deve, não teme. Eu não devo, não temo e defendo as investigações. Pois acho que toda e qualquer denúncia tem que ser investigada”, disse Braga.
Omar Aziz disse que depois de mais de um ano e meio de investigação, o Supremo reconheceu não haver indícios que o liguem às denúncias no âmbito da Operação Lava Jato. “Assim, eu continuo confiando em Deus, na verdade e na Justiça. E, assim, quero dizer para você que confiou em mim, que confia, continue confiando, pois nesses 36 anos de vida pública o meu intuito e compromisso foi trabalhar e servir os mais humildes do Amazonas, para que construíssemos um dia melhor e vencêssemos os nossos desafios. E assim tem sido e assim será. Portanto, juntos, vamos trabalhar para vencer os desafios que tanto fazem sofrer o povo do Amazonas”, disse Aziz.
Conforme o senador, qualquer pessoa inocente que acusada de algo “sabe como é ruim ser injustiçado”. “Na sexta-feira, 8, o Supremo arquivou um processo que movia contra mim, em relação a Ponte Rio Negro. Isso tirou um grande peso das minhas costas. Mais do que isso, fez com que aquilo que disse lá atrás se tornasse realidade”, lembrou.
Omar se refere a declaração ao ATUAL na qual afirmou que não iria envergonhar o povo amazonense, nem os amigos e familiares. “Eu sabia que o tempo era de Deus, por isso, com alegria, eu recebo essa notícia, mas reafirmando o meu compromisso de ter sempre uma vida transparente em prol do povo amazonense”, disse Omar.
O inquérito 4429 foi instaurado a partir de delação premiada do ex-funcionário da construtora Odebrecht, Arnaldo Cumplido. Em seu depoimento, Arnaldo afirmou que “ouviu falar”, que o então governador do Amazonas, Eduardo Braga, recebeu propina na obra de construção da Ponte Rio Negro. O esquema teria continuado no governo de Omar Aziz. Em seu despacho, o ministro Alexandre de Moraes informa que, “contudo, todas as informações prestadas pelo colaborador (Arnaldo Cumplido) foram negadas pelas testemunhas por ele indicadas, não se obtendo durante a investigação qualquer indício de autoria ou materialidade das infrações penais apontadas”.
“Essa decisão do STF confirma o que tenho dito a todos: ‘quem não deve, não teme’. Por isso, continuo defendendo toda e qualquer investigação, pois, ao final, assim como os culpados devem pagar por seus crimes, os inocentes têm o direito de terem seus nomes limpos e sua honra e integridade restabelecidas perante a opinião pública”, afirmou Braga.