Da Redação
MANAUS – O Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) gerou uma competição política no Amazonas neste final de 2021, véspera de ano eleitoral.
A disputa pelo pagamento do maior valor aos professores começou com o prefeito de Anamã, Chico do Belo (PSC), que pagou R$ 15 mil por CPF aos profissionais da educação. Augusto Ferraz (DEM), de Iranduba, anunciou R$ 14 mil.
Em Coari, a prefeitura pagou R$ 4,6 mil por matrícula, ou seja, cada servidor recebeu até R$ 9,3 mil. O dinheiro foi depositado antes da eleição suplementar do dia 5 de dezembro.
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), pagou R$ 6,5 mil por cadeira, e o governador Wilson Lima anunciou R$ 12,6 mil por cadeira. Em alguns casos, professores do estado receberão até R$ 37,8 mil.
Antes deles, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) havia lançado cartilha sobre as regras e aplicação do Fundeb. Serafim também alertou sore o uso dos recursos no pagamento dos professores.
“Os outros prefeitos estão no canto do ringue e os professores cobrando com justa razão, pois todos receberam recursos vultosos”, disse o deputado.
“Em 2022, quando não mais estará em vigor a Lei Complementar 173, que veda reajustes até 31.12.2021, será bom que todos com base na arrecadação dos dois primeiros meses façam a projeção anual e concedam reajuste. Isso é melhor, por duas razões: os atuais profissionais da educação levam para as suas aposentadorias e os aposentados também ganham”, propôs.