
Do ATUAL
MANAUS – A fome afetou 437 mil pessoas no Amazonas em 2023. Elas são classificadas com insegurança alimentar grave. Moradores de 530 mil domicílios no estado enfrentaram insegurança alimentar. Desses, em 113 mil casas a situação era grave configurando fome, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Amazonas foi o segundo com o maior percentual (9,1%) de domicílios em situação grave. Ficou atrás apenas do Pará (9,5%). Em seguida, estão os estados do Amapá (8,4%) e Maranhão (8,1%). Os estados com menor percentual de insegurança alimentar grave foram Santa Catarina (1,5%) e Espírito Santo (2,2%).
No Brasil, a fome atingiu 4,1% dos 27,6% de domicílios incluídos na classificação de insegurança alimentar grave. Foram 3,2 milhões de residências e 8,6 milhões de pessoas.
No Amazonas, dois milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, distribuídos em diferentes graus: 1,2 milhão com insegurança leve, 266 mil com insegurança moderada e 437 mil com insegurança grave. Outros 2,2 milhões vivem com segurança alimentar, representando 57,7% dos domicílios.
A segurança alimentar reflete o pleno acesso dos moradores aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada.
Os domicílios são classificados como em situação de insegurança alimentar leve quando há preocupação com o acesso aos alimentos no futuro e se verifica comprometimento da qualidade da alimentação no domicílio. Na situação moderada, os moradores, principalmente os adultos da família, enfrentam restrição quantitativa de alimentos. O nível grave significa que, além dos adultos, as crianças, quando presentes, também passam fome.
A PNAD Contínua estimou 1,2 milhão de domicílios particulares permanentes no Amazonas. Destes, 57,4% estavam em situação de segurança alimentar e 42,6% apresentavam insegurança.
Classificação
Dos 42,6% dos domicílios amazonenses com insegurança alimentar, 25,4% (316 mil) foram classificados no grupo da insegurança alimentar leve. No Brasil, o percentual foi de 18,2%, atingindo 14,5 milhões de domicílios. Nesse grupo, o estado ocupa a quinta posição em percentual no país.
Na situação de insegurança moderada, 102 mil amazonenses viviam nesta condição, representando 8,2% dos domicílios. Em comparação com a média do país, essa situação atingiu 4,1 milhões de domicílios, equivalente a 5,3%. Nessa condição, o estado ocupou a oitava posição nacional, liderado por Sergipe com 13,1%.