Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Após a denúncia contra o ex-governador José Melo e ex-secretários na Operação Maus Caminhos ser enviada para a 8ª Vara Criminal de Manaus, onde tramita outro processo originado daquela investigação, o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Wilson Alecrim, pediu que a ação penal continue na 5ª Vara Criminal de Manaus. Alecrim alegou que quer evitar contestação da “sua esperada absolvição”.
Em referência à denúncia contra o coronel da Polícia Militar do Amazonas Aroldo Ribeiro por chefiar uma equipe de 11 policiais que prestava serviços de segurança armada para envolvidos na ‘Maus Caminhos’, que tramita na 8ª Vara Criminal desde novembro de 2020, Alecrim afirmou que a ação penal contra ele não tem conexão com “qualquer processo que apure as condutas investigadas na operação”.
No último dia 25 de maio, atendendo pedido do promotor de Justiça Carlos Fábio Braga Monteiro, a juíza Andréa Jane Silva de Medeiros, da 5ª Vara Criminal de Manaus, se declarou incompetente para julgar a denúncia e mandou o caso para a 8ª Vara Criminal de Manaus. Medeiros disse que há conexão entre as duas denúncias, pois as partes são as mesmas e a oitiva das testemunhas influencia em ambos os fatos.
Dois dias após a decisão de Medeiros, a defesa de Alecrim apresentou recurso citando trecho da decisão da justiça federal que diz que “os referidos policiais militares e policiais civis não praticaram os crimes investigados na Operação Maus Caminhos e nem participaram desses crimes” e que “as condutas descritas são autônomas e vieram à luz fortuitamente”.
O advogado Leonardo de Assis, que representa Wilson Alecrim, afirmou que o ex-secretário “tem plena convicção de que poderá provar sua inocência durante a instrução processual e, tratando-se de pessoa honrada, espera ser julgado por autoridade competente, para que, ao fim do processo, sua esperada absolvição não venha a ser questionada”.