MANAUS – No mesmo dia em que o MPF (Ministério Público Federal) ajuíza ação civil por improbidade administrativa contra o atual secretário Luis Fabian Pereira Barbosa e os ex-secretários Luiz Castro e Vicente Nogueira, a Assembleia Legislativa tomou a decisão de não iniciar os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a pasta.
Será apenas coincidência? Por que os órgãos de controle fazem vista grossa para o que acontece na Educação do Amazonas? Por que a ação lenta e gradual do MPF se faz solitária na Seduc? Por que o fato de a Secretaria de Educação do Estado não realizar licitação para contratos milionários não incomoda as autoridades que tem o dever de zelar pelos bens e o dinheiro públicos?
Essas questões são, para dizer o mínimo, intrigantes, como também é intrigante a permanência de uma figura que passeia por gestões na Educação do Estado e do município de Manaus na linha de frente e, agora, no comando da pasta com o maior orçamento do Amazonas. E aqui cabe outra indagação: por que Luis Fabian Pereira Barbosa suporta as tempestades na Seduc como se elas fossem uma brisa?
Luis Fabian foi subsecretário da Semed (Secretaria Municipal de Educação de Manaus) e secretário extraordinário no mandato atual do prefeito Arthur Virgílio Neto. Na Seduc, começou como secretário executivo e estava na linha de frente quando da assinatura de contratos questionados pela oposição na Assembleia Legislativa, como o da empresa Dantas Transportes para realizar transporte escolar no Amazonas.
Com a queda do secretário Luiz Castro, por suspeitas em torno desse e de outros contratos na pasta, Luis Fabian assumiu a secretaria interinamente.
Luiz Castro, inclusive, criou uma comissão “para apurar possíveis irregularidades em relação ao Termo de Contrato nº 10/2019, cujo objeto foi a prestação de serviços de transporte escolar, tendo como interessada a empresa Dantas Transportes e Instalações Ltda.” Depois de Castro, nunca mais se ouviu falar em tal comissão e a Seduc nunca apresentou qualquer resultado.
Vicente Nogueira foi nomeado secretário da Seduc e Luis Fabian voltou ao cargo de secretário executivo, onde ficou até a queda de Nogueira. Em janeiro deste ano, Fabian voltou ao comando da Seduc e lá está interinamente.
A Seduc, além de desobedecer a um termo de ajustamento de conduta assinado com o MPF, que previa a realização de licitação para o Centro de Mídia em substituição a um contrato pra lá de suspeito, também não realizou licitação até hoje para o transporte escolar, que está contratado com a Dantas Transporte em caráter emergencial desde março de 2019.
Portanto, há um caminhão de motivos para se fazer uma investigação na pasta. Por enquanto, a Assembleia Legislativa, alegando excesso de comissões (a CPI da Saúde e a comissão do impeachment), decidiu adiar a instalação da CPI da Educação. Enquanto isso, os demais órgãos de controle fazem de conta que nada tem a ver com isso.
Meu caro, basta analisar, quem iniciou a máfia dos alugueis na Semed? trouxe a Dantas Transportes, Cose, Gide, Dr7, King log, quando foi para Semsa, as mesmas empresas foram, na Seduc, as mesmas empresas foram junto, todas com super contratos, investigados pelo MPF, esse rapaz, Fabian, sempre foi encarregado de azeitar a máquina para propinas e futuros doadores de campanha, mensalinho para o legislativo, que são quem o protegem