Da Redação
MANAUS – Em nota divulgada nesta terça-feira, 8, a Adepol-AM (Associação de Delegados de Polícia do Amazonas) critica o Sindepol (Sindicato dos Delegados de Polícia de Carreira do Amazonas) pela autoria de uma reclamação que levou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a suspender decisões do Tribunal de Justiça do Amazonas que transformavam comissários de polícia em delegados.
A entidade presta “total e irrestrito” apoio aos 53 delegados de polícia atingidos pela liminar do ministro do STF expedida na quinta-feira, 3.
O recurso foi ajuizado pelo Sindepol no último dia 6 de agosto. Os delegados sustentam que a decisão da Justiça do Amazonas que mandou o Estado nomear os comissários nos cargos de delegados descumpre a decisão da Suprema Corte que declarou o ato inconstitucional em 2015.
A Adepol, no entanto, afirma que o Sindepol “tenta, incessantemente”, retirar os delegados de seus cargos e, com isso, “causar o caos e insegurança jurídica no Estado, atingindo a governabilidade e os cidadãos do Amazonas”.
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A associação sugere que o ministro Gilmar Mendes foi induzido a erro pelo Sindepol ao derrubar decisões de dois ministros do STF (Luiz Fux e Edson Fachin), favoráveis aos 53 delegados.
A Adepol sustenta que entre os antigos comissários que viraram delegados por força de uma lei estadual, há “53 servidores que também foram aprovados no concurso para o cargo de delegado”, e que, por isso, a Justiça Estadual deu a eles o direito de assumir o cargo de delegado.
A Associação afirma, na nota, que entre os membros do sindicato dos delegados há pessoas que são proprietárias de “cursinhos” preparatórios e que por isso a entidade vem tentando forçar um concurso público, “para atrair alunos e aumentar seu faturamento”, diz a nota, que pode ser lida abaixo, na íntegra.