Menos de uma semana depois de o prefeito Arthur Virgílio Neto se irritar com o diretor-presidente do Manaustrans (Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito), Paulo Henrique Martins, e dizer, em público e em frente às câmeras de TV que o demitiria sem avisar se perdesse a confiança nele, veio o anúncio da exoneração, nesta segunda-feira. Arthur foi pego de surpresa, na última quarta-feira, 21, durante a inauguração das alças de retorno da rotatória do Coroado, por uma pergunta de um repórter de TV a respeito da licitação para os serviços de radares eletrônicos para o trânsito de Manaus e o envolvimento da Consladel, empresa que responde a processo na Justiça amazonense por suspeitas de irregularidades em contrato com a prefeitura. Sem saber o que estava acontecendo, Arthur pediu que Paulo Henrique explicasse a participação da empresa no processo. O presidente do Manaustrans gaguejou e explicou muito mal explicado que uma das empresas do consórcio que venceu a licitação pertencia ao mesmo dono da Consladel. Até deixar o cargo, Paulo Henrique não explicou como o consórcio venceu a licitação, se ele só foi criado 18 dias depois da homologação do certame.