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Dia a Dia

Comunidade em Manaus reage a construção de ponte: 40 anos de atraso

17 de maio de 2025 Dia a Dia
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Ponte de madeira construída como solução na entrada do Beco Airão; moradores temem retrocesso (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)
Por Murilo Rodrigues, do ATUAL

MANAUS – Moradores da comunidade do Beco Airão, na Praça 14 de Janeiro, zona sul de Manaus, estão insatisfeitos com a solução paliativa aos alagamentos: uma ponte de madeira foi construída na entrada do beco na última segunda-feira (12) pela Prefeitura de Manaus. Segundo eles, a construção da ponte é um retrocesso de 40 anos na comunidade, quando as pontes eram erguidas para passagem de pedestres. Na década de 1990, as estruturas de madeira foram substituídas tubulações e asfalto.

Com a atual construção, os moradores temem que os órgãos públicos não façam o serviço de drenagem e infraestrutura na comunidade como desejavam. Os becos da comunidade, por onde passa o Igarapé do Mestre Chico, alagam durante as chuvas. As águas também invadem as casas, comerciantes perdem produtos, e moradores têm imóveis e eletrodomésticos danificados. Depois das chuvas, poças se formam em alguns trechos, o que obrigava moradores a meter o pé na lama.

Entrada do Beco Airão, pela avenida Ayrão, empossada de água (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)

Na entrada do beco, onde a ponte de madeira foi construída, a rua estava cheia de buracos e poças de lama. Além do mal cheiro, a água empoçada prejudicava a locomoção dos moradores. A construção da ponte, em parte, foi boa para os moradores, mas eles temem que a solução paliativa resulte no esquecimento do problema pelos órgãos públicos.

A ponte da discórdia foi um serviço intermediado pelo vereador Marco Castilhos (União Brasil), através de requerimento para a Prefeitura de Manaus. A comunidade é uma das bases eleitorais do parlamentar.

O que pensam os moradores

Morador do Beco Airão há 68 anos, o TI (Técnico da Informática) Areolino Santana, de 73 anos, disse que é um processo vergonhoso a construção da ponte de madeira. Segundo ele, isso é “cobrir a vontade de não querer fazer nada em favor da comunidade”. “Uma ponte de madeira demora no máximo 2 anos. E esta que foi construída está em 1/4 ou 1/5 da rua. Ou seja: não vale nada!”

“[É] um retrocesso vergonhoso, que não ajuda em nada. A madeira vai estar exposta ao sol e a chuva, o que acelera o seu processo de decomposição. Ao se decompor, quem a construiu não aparece mais para recuperá-la. Enquanto isso o solo vai piorando”, disse Areolino.

Areolino falou sobre as pontes retiradas da comunidade na década de 1990. “A comunidade estava com as pontes porque o igarapé [do Mestre Chico] havia sido desviado pelas construções de casas no seu leito. Os próprios moradores faziam esses desvios. Não só na chuva, mas sempre se via lama nos becos, o que levou os moradores a construírem pontes, à época”.

“Quando instalavam a tubulação de esgoto, eu fui perguntar dos operários por que tubulação e não canais. Disseram que não iriam sair todas as casas de uma vez. E eu disse a eles que a tubulação iria entupir. Só disseram que essa tinha sido a ordem e a orientação. E assim foi feito”, relatou o morador.

Em menos de 20 anos, a tubulação começou a apresentar problema e até hoje a prefeitura não apresentou solução aos moradores.

Ponte de madeira na entrada no Beco Airão (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)

Lúcia Cleide da Silva, de 59 anos, que também é moradora do Beco Airão, disse que a construção da ponte é uma solução de emergência para que as pessoas possam entrar e sair do beco. “Tinha que ter alguma solução. Eu tô dizendo que paliativamente é positiva, mas ao mesmo tempo é um retrocesso. Não pode ficar permanente. É uma ponte provisória porque ela foi feita por conta da urgência das pessoas para ir e vir, entrar na comunidade”.

Lúcia Cleide diz que por um lado a construção da ponte é um “cala-te boca”. “Eu vejo como um cala-te boca, você não pode mais reivindicar nada. Estamos investindo aqui em vocês então não falem mais nada, não se manifestem. O igarapé vai continuar do jeito que está. Está um esgoto a céu aberto. Um esgoto não, uma fossa a céu aberto. A gente não sabe mais para quem reclamar. Tantos anos, tantas reportagens já foram feitas, quantas manifestações, quantos vereadores já passaram por aqui e ninguém faz nada”.

“Para mim, na minha ignorância, basta a limpeza no igarapé para poder a água fluir de uma forma que diminuam os alagamentos. A solução que eles deram pra gente foi essa de colocar a ponte de madeira. A gente sabe que até cimento a água leva, imagina madeira”, concluiu a moradora.

Passagem da ponte de madeira no Beco Airao (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)

A confeiteira Roberta Godinho, de 43 anos, que é moradora da comunidade e precisa passar pelo local, disse que a construção da ponte é um retrocesso e que não há vantagens para população. Ela aposta que a força da água nas alagações pode derrubar o que foi construído nesta semana.

“Para mim é um retrocesso, me senti em 1990 com essa ponte. Não vejo vantagem nenhuma, sabemos a força da água quando alaga essa área. Infelizmente, estamos voltando ao que era, já foi tão pedido que olhem pela comunidade, há riscos de casas desabar aqui, partes [da rua] com buracos e bueiros a céu aberto, risco à saúde e segurança também para comunidade”, disse Roberta.

Bueiro aberto no meio da comunidade do Beco Airão; entupido e causando transtornos (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)

Entre os anos de 1995 e 1996, o então prefeito de Manaus, Eduardo Braga, acabou com as pontes de madeiras que existiam na comunidade. Moradores relataram que na época, as pontes serviam para passar de um lado a outro do beco por cima do igarapé do Mestre Chico, que passa por baixo da comunidade. Foram construídas tubulações para drenagem da água, mas desde então, não houve manutenções.

“Na época foi ótima [colocação de tubulações], melhorou para comunidade, mas não houve manutenção. Nosso beco foi totalmente esquecido, com a desculpa que aqui é área de Prosamim e não pode ser feito nada pela prefeitura”, acrescentou Roberta Godinho.

A comunidade do Beco Airão chegou a ser incluída no primeiro projeto do Prosamim. As casas construídas sobre o leito do Mestre Chico seriam retiradas e o igarapé, reconstituído. O Governo do Amazonas, à época, chegou a realocar moradores para unidades habitacionais do Prosamim, mas depois desistiu de implementar o programa na área. Os terrenos dos moradores que foram transferidos, voltaram a ser ocupados.

LEIA MAIS: ‘Briga’ entre Beco Airão e Prefeitura envolve alagações e imóvel irregular

“Os problemas de infraestrutura do Beco Ayrão são complexos e requerem atenção especial. A construção da ponte não é totalmente sem utilidade, mas não resolve nenhum dos problemas estruturais da comunidade. Me parece uma iniciativa populista e uma ‘solução’ barata para distrair e enganar os moradores, passando a sensação de que alguma coisa está sendo feita”, disse o geografo Victor Gama, que também é morador do Beco Airão.

“No passado, o Beco Airão era cortado por pontes, e a comunidade conquistou a construção das ruas para melhorar a locomoção, entre outros aspectos. [Hoje] a ponte apenas deu condições para as pessoas passarem em um determinado trecho do beco, cuja água do esgoto tomou conta da rua por causa do entupimento das tubulações. Mas penso que o poder público enxerga essa “solução” como resolução do problema”, concluiu o morador.

Ministério Público

No dia 22 de setembro de 2023, o Ministério Público do Amazonas pediu a retirada dos moradores do beco. Na ocasião, o promotor de Justiça Lauro Tavares da Silva, que assina a ação, solicitou que Governo do Amazonas e Prefeitura de Manaus garantissem moradias dignas às famílias, seja através de auxílio-aluguel ou da concessão de apartamentos dos programas Amazonas Meu Lar e Manaus Minha Casa.

LEIA MAIS: MP pede retirada de moradores de beco sujeito a alagações em Manaus

O juiz Moacir Pereira Batista, da Vara Especializada do Meio Ambiente da Comarca de Manaus, deu 15 dias para que o MP-AM (Ministério Público do Amazonas) indique quais áreas pertencem ao estado e ao município na região do beco Maraã, mais conhecido como Beco Airão, localizado no bairro Praça 14, zona sul de Manaus. O processo não andou.

LEIA MAIS: Juiz quer saber quem é responsável por área com alagações em Manaus

A industriaria e moradora da comunidade, Maysa Brito, de 43 anos, disse que é inadmissível a construção dessa ponte. Segundo ela, isso é uma opção para não fazerem a limpeza da tubulação. “Com toda certeza foi um retrocesso, em pleno 2025 se fazer uma ponte em um local que já tem uma tubulação. Acho inadmissível. Para eles fica mais fácil fazer uma ponte do que fazer a drenagem da tubulação”.

Ponte na entrada do Beco Airão (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)

A moradora disse ainda uma praça foi construída pela Prefeitura de Manaus em uma das entradas do beco – do lado oposto de onde foi construída a ponte – que está inutilizada. Segundo ela, o valor da construção da praça poderia ter sido investido na drenagem dos bueiros. “Desde que me entendo por gente, essa causa do Beco Airão não é resolvida. Já vieram vários candidatos dizer que iriam resolver e nada foi feito”.

Praça construída no Beco Airão, debaixo do viaduto Josué Claudio de Souza (Foto: Arquivo/Moradores)

Em um vídeo gravado pelo secretário Renato Júnior, da Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura de Manaus), ele relata que a Prefeitura de Manaus realizou um trabalho de contenção da água debaixo do viaduto Josué Cláudio de Souza para “melhorar a vida das pessoas”. O local é um dos acessos à comunidade.

“Essa ponte foi uma tentativa de calar a boca de algumas pessoas. Gente, como pode alguém ficar feliz porque se fez uma ponte? Não serei hipócrita de dizer que não ajudou, porque o acesso à rua não existia mais devido à água está passando por cima da tubulação. Mas não é isso que queremos, queremos a recuperação da tubulação de esgoto do nosso beco”, concluiu a moradora.

Fotes chuvas arrancaram o asfalto e abriram buraco na entrada do Beco Airão (Foto: Murilo Rodrigues/AM ATUAL)

LEIA MAIS: Moradores têm 15 dias para explicar permanência no Beco Airão

Historia da época das pontes

O jornalista Valmir Lima, que morou na comunidade, contou a história do igarapé Mestre Chico no Beco Airão. Lima disse que na década de 60 e 70, o igarapé passava na comunidade com água limpa e as mulheres lavadeiras lavavam roupas às margens dele. A nascente do igarapé está embaixo do viaduto Josué Claudio de Souza, que liga as avenidas Álvaro Maia e Humberto Calderaro.

“A partir do início da década de 1970, as pessoas começaram a construir casas às margens do igarapé e o sanitário em cima do igarapé. Com a poluição das águas, os moradores passaram a fazer cacimbas para tirar água para lavar roupa, tomar banho e até fazer comida, e não usaram mais o igarapé, que foi totalmente poluído”, relatou.

Na década de 1980, os próprios moradores se juntavam para construir as pontes de madeira. “Com as chuvas, como faziam casas por cima do igarapé, deixou de ter leito ai começou a alagar tudo e a criar córregos para todos os lados. Foi ai que começaram a fazer as pontes. Os moradores faziam bingos, ‘vaquinhas’ e trabalhavam em mutirões para construir as pontes”.

Moradores antigamente na comunidade do Beco Ayrão, antes de ser asfaltado (Foto: Arquivo/Moradores)

Construção da ponte

A construção da ponte de madeira no Beco Airão ocorreu por um requerimento do vereador Marco Castilhos (União Brasil). O ATUAL entrou em contato com a assessoria para saber se o trabalho é conclusivo ou se haverá outro tipo de solução para a comunidade. A assessoria do vereador informou que há mais uma ponte planejada e um centro comunitário.

“Tem mais uma demanda de ponte e estamos com um requerimento de um centro comunitário também lá para o beco. Tudo no beco!”, informou a assessoria.

Defensoria Pública

No dia 19 de julho de 2024, a Defensoria Pública do Amazonas fez uma vistoria na comunidade do Beco Airão para averiguar a necessidade da população. Dia 2 de setembro do mesmo ano, foi divulgado o laudo da vistoria, que foi assinado pelo engenheiro civil Afonso Luiz Costa Lins Júnior.

Nele, a Defensoria pede a retirada imediata dos habitantes dos imóveis com recalque que apresentam inclinação visível e rachaduras em três residências da comunidade, que fica em uma Área de Proteção Permanente.

“Sugerimos a intervenção do poder público em toda área do igarapé do Mestre Chico, como foi feito no Igarapé da Cachoeirinha (Prosamim), para que haja um ordenamento urbano e a canalização do Igarapé, além da retirada de todos os habitantes assentados em APP e áreas de risco detectadas pela Defesa Civil”, diz o relatório.

Laudo técnico da Defensoria Pública mostra e pede retirada de casas afundamento estrutura (Imagem: Reprodução/Laudo técnico DPE-AM)

A Defensoria Pública, no dia 20 de março de 2025, convocou moradores do Beco Airão para comparecer na unidade e entregar documentos para reforçar o pedido de urgência na retirada dos moradores. Cinco dias depois, nove moradores foram até a Defensoria. Eles pediram garantia de manutenção da sua integridade física e preservação de suas residências para moradia digna.

No dia 28 de março, o defensor público Carlos Almeida Filho reforçou na Justiça o pedido de urgência para retirada dos moradores em áreas de risco na comunidade. “Considerando o teor da fundamentação já exposta, bem como a persistência da situação de urgência vivenciada pelas famílias afetadas, requer-se o seguimento do feito com análise do pedido de tutela de emergência”.

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Assuntos alagações, Beco Airão, comunidade, drenagem, manaus, manchete, ponte, ponte de madeira
Murilo Rodrigues 17 de maio de 2025
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