Da Redação
MANAUS – O Governo do Amazonas fará um ‘pente-fino’ das compras de medicamentos para economizar R$ 36 milhões por ano nos gastos da Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas), anunciou o governador Wilson Lima. As unidades hospitalares terão que informar quais os remédios mais prioritários que são necessários no atendimento médico regular e de especialidades. “Muitos medicamentos foram para o lixo porque foram comprados sem a comprovação de necessidade e perderam a validade”, disse Lima, em solenidade de implementos agrícolas na manhã desta segunda-feira, 11.
O governador disse que 50% do estoque de remédios da Cema (Central de Medicamentos) deverá ser normalizado nesta semana. Wilson Lima confirmou que enviará projeto à ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) para uso de recursos do FTI (Fundo de Fomento ao Turismo do Amazonas), além de verbas do contingenciamento de outras secretarias, para pagar empresas médicas. Cogita também recorrer a empréstimos bancários. “Nós já pagamos 104 milhões de reais, incluindo este mês de janeiro. Ou seja, estamos pagando já a partir do primeiro mês do ano”, afirmou.
Esses recursos serão usados, segundo o governador, para quitar dívidas com as empresas médicas desde agosto até novembro do ano passado. A Susam informou que 78% do dinheiro devido aos prestadores de serviço da saúde referentes à competência de dezembro já foram pagos.
Na manhã desta segunda-feira, 11, representantes das empresas médicas anunciaram que normalizaram os serviços após “proposta razoável” do Governo do Amazonas. Na ocasião, os médicos também informaram que teriam uma reunião com o secretário Carlos Almeida Filho na tarde desta segunda-feira e que a pauta seria o desabastecimento de medicamentos e as condições de trabalho dos médicos.
Abastecimento de medicamentos
A Susam afirmou que comprou mais de 50% dos produtos que atendem o padrão das unidades de Saúde para os próximos três meses. Na manhã desta segunda-feira, 11, a Cema (Central de Medicamentos) recebeu uma remessa de 500 mil comprimidos de Risperidona, para tratamento de pessoas com transtornos mentais e autismo. O medicamento estava em falta na rede pública desde o ano passado.
“Este é o resultado do trabalho dos técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) que já conseguiram comprar, por meio de Ata de Registro de Preço, mais de 50% dos produtos que atendem ao padrão das unidades para os próximos três meses. Os medicamentos já começaram a ser entregues”, diz a nota da Susam.