MANAUS – Os vereadores de Manaus aprovaram na manhã desta terça-feira, no plenário da Câmara Municipal de Manaus, uma moção de repúdio do vereador Marcelo Serafim (PSB) contra o governo federal. Em seguida, rejeitaram requerimentos do vereador Professor Bibiano (PT) de audiências públicas para discussão de temas locais.
Os motivos da moção são muitos: crise financeira, desemprego, alta do dólar, direitos trabalhistas suprimidos, taxa de juros alta, não reajuste aos servidores públicos e, principalmente, uma proposta, segundo o autor da proposta, de desmembramento da Controladoria Geral da União, que perderia o status de ministério teria suas funções distribuídas em três pastas.
Marcelo Serafim, na defesa da moção, aproveitou a oportunidade para atacar o governo de Dilma Rousseff e o PT, e convidou os vereadores do Partido dos Trabalhadores a assinarem o documento. “Eu quero ver se os vereadores do PT têm coerência e se vão assinar a moção de repúdio. É inaceitável o que querem fazer com a Controladoria Geral da União”, disse.
O vereador Professor Bibiano, líder do PT na CMM, não comprou a provocação, e disse que assinaria a moção se os vereadores assinassem os requerimentos dele e dos colegas de partido para apurar fatos da administração municipal. “Eu fui eleito para ser vereador de Manaus. Minha função é fiscalizar os atos da administração municipal e vou fazer isso até o fim do meu mandato”, disse o vereador.
A moção foi aprovada com os votos contrários de Bibiano e da vereadora Rosi Matos (PT).
Requerimentos rejeitados
Na mesma sessão, a bancada do prefeito, liderada pelo vereador Elias Emanuel (sem partido), rejeitou dois requerimentos do vereador Bibiano. Um para realizar audiência pública com a participação da secretária de Educação para explicar a situação das creches. O vereador afirma que desde 2011, o município inclui na Lei Orçamentária Anual recursos para a construção de creches e elas não são construídas na proporção definida.
O outro requerimento rejeitado era para audiência pública com os secretários municipais que cuidam das finanças para que expliquem o que será feito com os recursos da ordem de R$ 570 milhões que o município economizou com a reforma administrativa.
Na justificativa para derrubar os requerimentos, mas uma vez os vereadores da base atacaram o governo de Dilma Rousseff e o PT, mas não conseguiram convencer sobre a negativa para que os secretários prestem esclarecimentos.
Leia a íntegra da moção de repúdio