Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – A Justiça negou, nesta quinta-feira, 5, dois pedidos de liberdade ajuizados pela defesa de Alejandro Molina Valeiko, indiciado pelo assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 42. O primeiro foi negado pelo desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, da Primeira Câmara Criminal do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas), e o segundo pelo ministro Leopoldo de Arruda Raposo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
O pedido de soltura de Alejandro na Justiça do Amazonas foi apresentado na terça-feira, 3, e, no mesmo dia, distribuído ao desembargador Djalma Martins da Costa. No entanto, na quarta-feira, 4, o magistrado redistribuiu o processo para o desembargador José Hamilton dos Santos alegando “incompetência” para analisar o pedido.
Costa afirmou que o julgamento de habeas corpus “previne a competência da Câmara e do relator para todos os recursos posteriores referentes ao mesmo processo”. Como José Hamilton dos Santos é o relator do primeiro habeas corpos, em que Valeiko teve a liberdade negada, o segundo pedido também deve ser analisado por ele.
No STJ, o ministro Leopoldo de Arruda Raposo negou a soltura de Valeiko na noite desta quinta-feira, 5. O habeas corpus foi ajuizado no dia 7 de novembro, após o desembargador José Hamilton dos Santos negar o pedido de liberdade dele, no dia 24 de outubro. Antes disso, a juíza Ana Paula Braga, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, também havia rejeitado a soltura de Alejandro.
Alejandro Valeiko, que está preso desde o dia 7 de outubro no 19º DIP (Distrito Integrado de Polícia), na zona oeste de Manaus, teve a prisão temporária convertida em prisão preventiva na última sexta-feira, 29. Na última segunda-feira, 1°, na audiência de custódia, a juíza Lina Marie Cabral, da Central de Inquéritos do TJAM, manteve a prisão dele.
Entenda o caso
O corpo do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos foi encontrado na manhã do dia 30 de setembro, em um terreno no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, horas depois de estar em um condomínio no bairro Ponta Negra, na casa de Alejandro.
A Polícia Civil prendeu, além de Alejandro, José Edvandro Martins de Souza Junior, 31, Elielton Magno de Menezes Gomes Junior, 22, o chefe de cozinha Vittorio Del Gatto, o policial militar Elizeu da Paz de Souza, 37, e Mayc Vinicius Teixeira Parede, 37.
José Edvandro Souza e Elielton Magno foram soltos no dia 29 de novembro após o fim da prisão temporária. Vitorio Del Gatto foi liberado por problemas de saúde.