
Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – Pleito antigo de políticos e empresários do Amazonas, a repavimentação de trecho da rodovia BR-319, que interliga as cidades de Manaus e Porto Velho (RO), não é solução para o transporte de cargas da Zona Franca de Manaus, pois o transporte fluvial “é mais barato”, afirmou o superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Bosco Saraiva, em entrevista na terça-feira (25) ao G6, grupo de sites de notícias do qual o AMAZONAS ATUAL faz parte.
“A repavimentação da BR-319 é uma necessidade de fluxo para uma ocorrência. Ela não vai ser uma solução para carga porque acaba sendo caro”, afirmou Bosco.
O superintendente está otimista quanto a realização das obras de recuperação da BR-319 no governo Lula, que ele integra. “Eu assisti a reunião do presidente Lula com os nossos senadores, com os senadores da região e com o corpo executivo. Acho que ali ele deu um recado muito preciso com relação à repavimentação da BR-319”, disse Bosco.
“Os anúncios que eu tenho ouvido, que eu tenho acompanhado, é que brevemente essas licenças estarão sendo oferecidas e vamos poder ter uma repavimentação, que é uma necessidade de fluxo para uma ocorrência. Ela não vai ser uma solução para carga porque acaba sendo caro”, completou o superintendente.
De acordo com Bosco, o transporte fluvial tem se mostrado mais viável para as cargas da Zona Franca de Manaus, mesmo nos períodos de estiagem na região, quando o nível do rio baixa e inviabiliza a navegação em alguns trechos. “O custo é muito mais baixo. Aliás, o transporte fluvial sempre foi mais barato”, afirmou Bosco.
Em 2024, quando houve a seca histórica dos rios no Amazonas, o governo estadual autorizou a instalação de portos provisórios em Itacoatiara (a 175 quilômetros de Manaus) para receber cargas transportadas pelo Rio Madeira, que também interliga Manaus a Porto Velho. As embarcações não conseguiam chegar a Manaus devido a redução do nível da água e eram descarregadas em Itacoatiara, cujo acesso à capital amazonense ocorre pela rodovia AM-010.
As estruturas instaladas ano passado em Itacoatiara continuam no local. Elas serão reativadas caso ocorra nova seca que inviabilize o transporte até Manaus.
Bosco comparou os custos entre os modais fluvial e rodoviário. “São sete dias de transporte de Porto Velho pra cá pelo Rio Madeira. Sete dias. Em compensação, uma balsa com um empurrador carrega 60 carretas”, disse Bosco Saraiva. “Na estrada, são 900 quilômetros. É um dia, entre 9 e 12 horas, ela estando pavimentada”, completou o superintendente.
Para Bosco Saraiva, a rodovia asfaltada poderá ser usada para o transporte de insumos menores. “Uma empresa de semicondutores, cujos insumos são menores, carrega por um bicaminhão, bitrem, coisa do tipo. Agora vida normal, sete dias dentro da balsa traz 10 carretas em uma lapada só”, afirmou Bosco Saraiva.
Apesar de ser considerado modal mais econômico, o Rio Madeira ainda não tem estrutura que o caracterize como uma hidrovia. O governo federal tinha expectativa de realizar leilão em dezembro de 2024, mas o projeto ainda está na fase de estudos.

Que comentario impertinente desse politico, esse pensamento lobista demostra a razão pela qual essa rodovia não foui recuperada.
Isso mostra um pouco que além de lobista para o transporte fluvial, ele não tem preocupação com o estado em si, já que o Amazonas e a capital não pode ser resumida a ZFM
Apesar de não concordar em quase nada desse governo, na minha visão essa estrada não suporta tráfego com carretas de grande proporção. Concordo que grandes cargas continuem sendo transportadas por balsas para preservação da estrada.
Esse cidadão não conhece nada de transporte, esquece ele ou tenta enganar os incautos que uma balsa transporta 60 carretas só não diz que cada carreta paga ida e volta 20 mil reais que é repassado ao cliente e a mesma carreta cobra do cliente vindo pela estrada apenas 10 mil reais e, levando apenas um dia de viagem, já a balsa sete dias.
A BR-319, assim como a que ligaria Manaus a Boa Vista, são caracterizadas como estratégicas sobre o ponto de vista Defesa do território brasileiro e além do mais, a pavimentação correta seria através de concreto, visando a perenidade, e não o asfalto betuminoso. Quanto a segurança contra as ocupações dos seus perímetros também é imperioso. Maaas aí, os nossos gestores públicos padecem de negligência e preguiça. Vide as pontes caídas e a de Roraima ainda nas estacas.
Concordo, onde já se viu, ele como Superintende da Zona Franca de Manaus dizer um absurdo desses. Nós queremos a recuperação da BR-319, principalmente para o transporte de cargas, é o que nós mais precisamos para não dependermos tanto do transporte fluvial, que sabemos é muito mais oneroso do que por via terrestre, principalmente quando os rios ficam secos como está acontecendo agora, infelizmente.
Muito infeliz o seu pronunciamento, ele devia pensar mais na recuperação da estrada como meio de transporte de cargas para Manaus e de pessoas também, indo e vindo, considerando que é a única estrada que temos interligando Manaus ao resto do Brasil, e menos nos donos das embarcações fluviais.
Solução instantânea: Entrega para operadoras privadas. Faz um leilão e fim de papo. A rodovia fica pronta rapidamente.
Não dá para esperar nada de bom de alguém ligado ao desgoverno Lula!
Com o asfalto pronto, quantas carretas poderão ir e voltar durante 07 dias!
Pensamento retórico, enquanto isso a China abre estradas até debaixo d’água pra escoar sua produção. Enquanto tivermos políticos que tem esse tipo de pensamento esse país continuará sendo uma república de exportar banana.
Balela. Pergunte para qualquer caminheiro ou trasnportadora. O custo para embarcar uma carreta em uma balsa de pvh a mao chega entre 16 a 20 mil reais. De combustível pela br 319 se gasta 1/4 dessa valor e é mais o modal mais rápido. Esse discurso só interessa aos danos de balsa que fa esse trajeto. Consultei a população e verá o que as pessoas querem ou preferem e não o que se político quer ou acha. Demais esse discurso é alinhado com os do balseiros.
Ferrovia no lugar da 319. Ferrovia pra transporte de passageiros e de carga. É a melhor solução, agride menos o meio ambiente, é mais rápido que barco, o transporte é mais barato que caminhão e etc.
Modais de transporte são complementares. A vantagem econômica da opção escolhida será avaliada pelos contratantes levando-se em conta todos os custos envolvidos.
Maior velocidade significará redução de custos associados, tais como -estoques e retenção das unidades de cargas.
Manaus não é só indústria e a rodovia irá reduzir o custo geral da nossa complicada logística.
Que seja bem vinda a BR.
Comentário muito infeliz por parte do Bosco Saraiva. Não podemos ficar isolados do restante do país, isso é um absurdo. Esse tipo de comentário só dá argumentação e sustentação aos que são contra a BR 319.
Esse tipo de comentário se torna o famoso fogo “amigo”.
Eu li duas vezes para ter certeza que esse comentário foi feito pelo superintendente da ZFM, é inacreditável! Muito infeliz, dá argumentos para os contra. Só faltou ele repetir a frase da Marina…
Esse não conhece nada de transporte.