Do ATUAL
MANAUS – A cobertura vacinal contra a poliomielite (paralisia infantil) atinge 75% do público-alvo em Manaus, abaixo da meta de 95% do Ministério da Saúde, alertou a prefeitura.
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Shádia Fraxe, secretária municipal de Saúde, explica que apesar da baixa cobertura, que considera a média de 2022, é possível observar um leve avanço em relação a 2021 quando a vacinação contra a poliomielite fechou em 68%.
“Infelizmente, essa não adesão dos pais à vacinação vem sendo observada não só no Brasil, mas em todo o mundo, e alguns países já até confirmaram a reintrodução do vírus. Até por volta de 2015, a meta de 95% era alcançada com sucesso anualmente, mas desde então o índice vem caindo no país, o que deixa nossas crianças cada vez mais vulneráveis à doença”, disse.
Serviço
A vacina contra a poliomielite está disponível em 171 unidades da Semsa. Os endereços estão no link bit.ly/salasdevacinamanaus. Os pais devem ficar atentos aos horários, pois algumas salas de vacina estendem o funcionamento até 19h e 21h, como estratégia para facilitar o acesso da população.
As primeiras doses são injetáveis (VIP) e devem ser recebidas aos dois meses, aos quatro meses e aos seis meses de vida. Aos 15 meses e aos 4 anos, a criança deve receber as doses de reforço, feitas com a gotinha (VOP). Além disso, crianças de 1 ano a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) devem receber, de forma adicional, as doses de reforço durante as campanhas nacionais de vacinação.
Ações
De acordo com a secretária, diversas ações foram realizadas pela Semsa ao longo do ano para incentivar que os pais levem seus filhos para se proteger contra a pólio, como os “Sabadões da Saúde”, o uso da Gerência de Telessaúde para convocar os pais, o Fórum Municipal de Vacinação, os “Dias D de multivacinação”, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, de 8 de agosto a 30 de setembro, duas grandes campanhas publicitárias, além de imunização casa a casa.
“A poliomielite é uma doença muito grave, também conhecida como paralisia infantil, e que afeta principalmente as crianças menores de 5 anos, que são o público-alvo da vacinação. Ela é capaz de deixar sequelas graves e permanentes nas vítimas, e a única forma de proteção é através da vacina”, ressaltou Shádia.
A Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) promoverá uma webconferência para os profissionais de saúde para discutir o cenário de risco da volta da doença na capital, nesta quarta-feira (14). O assunto será discutido das 14h às 15h30.
A webconferência é voltada aos servidores da rede municipal de saúde, mas poderá ser acessada pelo público em geral pelo link AQUI.