Da Redação
MANAUS – Um projeto de lei aprovado nesta quarta-feira, 6, na Assembleia Legislativa do Amazonas considera clínicas médicas e consultórios particulares em todo Estado serviços essenciais e dá permissão para que funcionem mesmo com as restrições de circulação impostas pela pandemia de coronavírus.
Com a medida, consultórios e clínicas de várias especialidades, como cardiológicas, psicológicas, odontológicas e de veterinária, entre outras, em breve poderão reabrir as portas, mas a matéria precisa da sansão do governador Wilson Lima.
O autor do projeto, deputado estadual Fausto Jr, explica que a inclusão das clínicas e consultórios na lista de serviços essenciais diminuirá a sobrecarga de pacientes nos hospitais e prontos-socorros públicos do Estado.
“Quem tiver condições de se consultar com médicos particulares, poderá procurar uma clinica, que terá as portas abertas nessa época de pandemia”, afirmou Fausto. “Dessa forma queremos reduzir a fila de pacientes nos hospitais públicos e melhorar o atendimento à população”, acrescentou.
Desde que o Governo do Estado publicou o decreto que interrompeu o funcionamento de serviços não essenciais, no dia 13 de março, centenas de clínicas e consultórios particulares tiveram suas atividades paralisadas.
De acordo com o parlamentar, a medida interrompeu o tratamento de pacientes em todo Estado, obrigando-os a procurar a rede pública de saúde.
Diante da importância do assunto, o projeto foi aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais.
Parceria com hotéis
Outro projeto aprovado nesta quarta-feira permite ao Governo do Estado buscar parcerias com a rede hoteleira para receber profissionais da saúde que atuam no combate ao coronavírus.
O Projeto 185/2020, também de autoria de Fausto Jr, pretende colocar à disposição dos profissionais de saúde quartos em hotéis, na capital e interior, destinados ao descanso dos profissionais que não queiram voltar para casa.
Segundo o deputado, devido o risco de contaminação do coronavírus, médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem têm medo de voltar para casa e contaminar seus familiares.
Uma solução para o problema, implantada em vários países, é a parceria com hotéis para receber os profissionais da saúde. A medida já foi sugerida pelo Ministério Público Federal.
Fausto Jr. explica que muitos profissionais, como auxiliares de enfermagem, não têm recursos para alugar uma casa ou quarto de hotel pelo período que durar a pandemia.
“O projeto vem ajudar estes profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Tenho certeza que o projeto será sancionado pelo governo do Estado”, afirma Fausto Jr.
O projeto também beneficia o setor hoteleiro da capital e interior, que vem amargando prejuízos devido à queda do número de hóspedes, que desistiram de viajar por causa da Covid-19.