Da Redação
MANAUS – Procurado pela Polícia Civil na investigação sobre o assassinato do engenheiro civil Flávio Rodrigues dos Santos, 42, Alejandro Molina Valeiko, 40, se apresentou na manhã desta segunda-feira, 7, à Delegacia Especializada de Homicídio e Sequestros na zona leste de Manaus. O advogado de Alejandro, Marco Aurélio Choy, disse que seu cliente se declara inocente e “é o maior interessado em esclarecer os fatos”. “Ele vai dizer a verdade”, disse Choy.
Alejandro teve a prisão temporária convertida para domiciliar pela desembargadora Joana Meirelles, do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas). Alejandro, que é filho da primeira-dama do Município, Elisabeth Valeiko, era o único dos que tiveram prisão decretada que ainda estava foragido. Ele não deu declarações à imprensa. “Ele não havia sumido, ele estava em tratamento de saúde por conta da questão do vício das drogas”, disse Choy.
Segundo o advogado, Alejandro não irá dar sua versão, mas sim dizer o que presenciou. “A questão não é versão, ele vai colocar a verdade dos fatos. Ele se declara inocente”, disse Choy, ao alegar que não poderia revelar a declaração do cliente porque o processo ocorre em sigilo.
Marco Aurélio Choy disse que Alejandro ainda será avaliado por um médico, oportunamente, para verificar a condição de ser custodiado. A defesa de Molina Valeiko apresentou à Justiça um laudo médico psiquiátrico que atesta que ele sofre de transtornos mentais e comportamentais, necessitando de tratamento médico específico.
A investigação da polícia inclui Alejandro Valeiko porque Flávio Rodrigues participou de uma festa na casa do filho da primeira-dama no condomínio Passaredo, na Ponta Negra, zona oeste de Manaus, no dia 29 de setembro. O corpo do engenheiro foi encontrado em um terreno baldio no Tarumã, próximo à Ponta Negra, na manhã de segunda-feira, 30.
Na apresentação a polícia, nesta segunda, familiares de Flávio cobraram justiça. “A família do Flávio merece respeito e o Alejandro está à disposição da polícia e da Justiça para esclarecer os fatos”, disse o advogado Marco Aurélio Choy.