Do ATUAL
MANAUS – Os vereadores Rodrigo Guedes (PP) e Gilmar Nascimento (Avante) bateram boca na sessão plenária desta quarta-feira (23) na CMM (Câmara Municipal de Manaus). O embate começou quando Guedes chamou o prefeito David Almeida (Avante) de “mentiroso”.
“O prefeito disse ontem [terça-feira] também que neste ano eleitoral não se pode conceder ganhos reais aos servidores públicos municipais, ou seja, não se poderia conceder além da inflação. Mentira, mais uma mentira”, disse o vereador.
Guedes se referiu ao reajuste salarial dos profissionais de educação, que David disse que enviaria à CMM com índice “favorável” aos servidores. Inicialmente, o chefe do Executivo Municipal propôs um reajuste de apenas 1,25%, mas enfrentou críticas e não houve votação na Casa Legislativa.
Gilmar, aliado do prefeito, não gostou das críticas feitas por Guedes e pediu, inclusive, que as falas fossem retiradas da ata pois, segundo ele, por questão de ordem chamar alguém de mentiroso “viola aí o artigo 105, inciso 7” do regimento interno e pediu providência da Mesa Diretora.
“Quando você chama alguém de mentiroso, você está ofendendo, está agredindo, você está sendo descortês. Eu entendo a forma do vereador Rodrigo Guedes de fazer a política dele, do mandato dele, e geralmente, no ano de eleição, a gente tem que ter todo esse cuidado […]. Senão, daqui a pouco ta todo mundo se chamando de mentiroso”, disse Gilmar.
O presidente da CMM, vereador Caio André (União), também oposição ao prefeito de Manaus, disse que a Mesa Diretora “entendia diferente” e pediu para que Gilmar enviasse um requerimento para a Procuradoria da Casa solicitando a retirada da palavra “mentiroso” da ata.
Em seguida, Guedes disse que não ofendeu e nem desrespeitou ninguém e que não cabe a vereador ou à Câmara dizer o que ele pode falar ou não.
“Não fiz nenhum termo descortês, eu falei um fato, se uma pessoa mente, ela é mentirosa. E, várias vezes, o prefeito falou inverdades ou mentiras. Então, para mim, se o prefeito se sentir ofendido, ele que entre na justiça, não cabe à Câmara dizendo o que eu tenho o que falar ou não”, afirmou Guedes.