Da Redação
MANAUS – Há dois anos e dois meses, o ATUAL revelou, em reportagem publicada no dia 1° de fevereiro de 2016, o que seria um escândalo nacional: a Susam (Secretaria de Estado de Saúde) pagou de 2013 a 2015 R$ 3,9 milhões ao Hospital Sírio-Libanês por tratamento de saúde de autoridades, políticos e parentes desses. O assunto volta à baila neste domingo, com reportagem no Fantástico, o programa dominical da Rede Globo.
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A reportagem do ATUAL de 2016 traz a lista dos beneficiados com o pagamento dos R$ 3,6 milhões, entre eles um desembargador, parente de desembargador, vereador, prefeito de município do Amazonas, e até um colunista social. Alguns que estavam naquela lista morreram pela doença que tentavam curar no hospital de São Paulo.
As autoridades locais deram pouca importância aos fatos narrados. O MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) passou a fazer ações isoladas, por esforço de promotores solitários. Foi o caso do promotor de Justiça Alessandro Samartin de Gouveia, que atuava no município de Santa Isabel do Rio Negro. Ele instaurou inquérito civil para aputar o pagamento de serviços hospitalares em São Paulo para o então prefeito do município Mariolino Siqueira de Oliveira, que depois foi preso por corrupção e perdeu o cargo. Leia aqui.
Um semana depois, o mesmo promotor, que respondia, também pela promotoria de Justiça de Manacapuru, instaurou um novo inquérito civil para investigar as despesas pagas pela Susam ao tratamento do ex-prefeito daquele município Washington Régis, que morreu em 2015.
Em abril do ano passado, mais de um ano depois da reportagem do ATUAL, o MP-AM em Manaus instaurou inquérito para apurar os gastos da Susam. O Inquérito Civil 005.2016.000116, publicado no Diário Oficial do MP do dia 7 de abril de 2017, informa que o processo foi aberto um dia antes.
No dia 9 de maio de 2017, um mês depois do inquérito aberto no MP-AM, o MPC (Ministério Público de Contas) com atuação no TCE (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas) fez uma representação (n° 027/2017) para que o tribunal de contas investigasse o caso. Na representação, o procurador de contas Ruy Marcelo de Alencar informa que de 2012 a 2016 a Susam pagou ao hospital de São Paulo R$ 4.451.325,95.
Ao ATUAL, neste domingo, o procurador Ruy Marcelo informou que a representação gerou o processo n° 12.074/2017, que ainda está em fase de instrução, portanto, pendente de julgamento.
A novidade na reportagem do Fantástico deste domingo, é que a investigação está no Ministério Público Federal.
(matéria atualizada às 10h00 do dia 8/4/2018)
Verdade, e eu tinha orgulho e sempre dompartilhava as matérias do atual, porém vei o governo e comprou a honra deste que era um dos poucos. O dinheiro é importanyr,mas no caso de vcs a credibilidade é honra. Não a tem mais.