Da Redação
MANAUS – A questão Zona Franca de Manaus não se limita ao tempo de duração dos incentivos fiscais que a têm sustentado, ela exige modernização. O entendimento é do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), ao comentar posicionamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, que é contrário aos incentivos fiscais.
“O modelo precisa de reformas profundas, não de limitações. Ele mantém a floresta em pé e, se fosse o contrário, o Brasil enfrentaria graves problemas políticos, diplomáticos e, no extremo, até mesmo militares”, disse Arhur, em manifestação no Facebook. “O ministro Paulo Guedes é talentoso e capaz. Tem a cabeça nas reformas estruturais e, se as conseguir, terá preparado o país para anos seguidos de crescimento econômico sustentável, com inflação baixa, desemprego cadente, renda menos injustamente distribuída”.
O prefeito defende que o sistema econômico do Amazonas precisa de apoio claro e lúcido do governo federal. “Nossas internet e telefonia celular tornam os negócios mais lentos, não temos hidrovias e deveríamos começar a tê-las pelo rio Madeira. Manaus, que sedia o Polo Industrial, vive à beira de um caos portuário”, afirmou. “Os resquícios da recente recessão econômica de 30 meses deixou sequelas sociais e econômicas perversas; o parque industrial, que ameaça cair em obsolescência, precisa urgentemente incorporar a biodiversidade ao seu processo produtivo”.
Arthur disse essas são medidas urgentes que devem começar a ser implementadas imediatamente. “Restringir incentivos e desestimular as empresas a investir, significaria ameaçar a floresta e abrir espaço para graves repercussões aqui e no exterior. O Amazonas é o maior pagador de tributos federais do Norte, que inclui Pará, Tocantins, Pará, Acre, Rondônia e Roraima. É credor e não devedor”, afirmou.
Segundo o prefeito, a floresta amazônica é um dos pontos mais fortes de mitigação das consequências inevitáveis, e já em curso, do aquecimento global. “O presidente Trump é irresponsável quando se retira do Clube de Paris tenta negar a existência do aquecimento global. É puro provincianismo ignorar a relevância planetária da Amazônia. Como dizia o Conselheiro Acácio, aquele de Machado de Assis, as consequências vêm depois”, criticou. “Quando o presidente Castelo Branco e Roberto Campos criaram a Zona Franca, pensavam, respectivamente, em segurança nacional e em desenvolvimento econômico. Hoje, temos o componente ambiental a tornar quadro mais delicado ainda. Inescapável aceitar verdade tão cristalina”, concluiu.
A Zona Franca de Manaus foi muito prejudicada pelos governos do PSDB (FHC) e PT (LULA e DILMA) aonde se criaram várias zonas francas em outros estados e criaram também a obtenção de lucros através de créditos de impostos federais (BOLSA EMPRESÁRIO) não até hoje nenhum histórico de qualquer parlamentar amazonense que conseguiu desenvolver um projeto de leis visando a conquista de emprego para os amazonense, só fizeram leis em favor dos empresários. Muitas indústrias transferiram suas matrizes para outros estados devido a política dos créditos de impostos. A Zona Franca de Manaus tem uma grande consolidação de serviços logísticos, industrial e de qualidade, que nossos políticos amazonense não souberam preservar e tão pouco fortalecer. Muitos caciques da política amazonense ainda acha que a melhor solução é criar mais e mais incentivos fiscais. Mais não conhecem as necessidades do industriário e tão pouco as diferenças operacionais entre a ZFM e demais estados. O presidente Bolsonaro está corretíssimo em começar pelo controle e depois fazer uma grande revisão tributária.