Por uns instantes, com a sutileza competente da Consultoria Hamdeh, a notícia de que o Congresso Nacional inseriu verbas para 2017, destinada à construção de um porto público no Amazonas, provocou um misto de empolgação e ceticismo nesse mar de incertezas que ainda se espalha pela orla da expectativa nacional. Diz a notícia que, através de um Projeto de Lei PLN 9/16, em seu Art. 1o, o Congresso autorizou abertura ao Orçamento Fiscal da União (Lei no 13.255, de 14 de janeiro de 2016), em favor dos Ministérios dos Transportes, Portos e Aviação Civil e da Defesa, com crédito especial no valor de R$ 2.100.000,00 (dois milhões e cem mil reais), para atender à programação constante do Anexo I. O valor e o resto da informação confirmam um porto público, sim, mas no Município de Benjamin Constant, na mesorregião do Alto Solimões, a mais pobre do estado. Seguimos, pois, a sina da competitividade precária com a modernização logística/portuária, sem falar da distribuição energética – a distribuição do gás de Urucu, com a crise de gestão da Petrobras foi suspensa – entregue para encaminhamento de ninguém. A comunicação de voz e dados segue perdendo qualidade e ampliando custos para espanto de eventuais investidores. Em 2005, à vista do fracasso do EIZOF, a velha ideia de construir um entreposto aduaneiro nos moldes da logística panamenha, o CIEAM fez um levantamento junto a seus associados para aferir os impactos de infraestrutura nos empreendimentos locais. A logística de transportes era e ainda é o maior gargalo. A expectativa de aplicar 3% do faturamento da ZFM em infraestrutura, infelizmente, segue habitando a moradia do sem jeito.
Preço da conservação florestal
Outra notícia HAMDEH, dessa vez alvissareira, traz aprovação de plano de trabalho da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA nesta terça-feira (18), para avaliar a política de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia. E de novo, a interferência positiva do Tribunal de Contas da União (TCU), de auditorias para avaliar o alcance das metas propostas pelo governo. Lembrando o Acordo de Paris, ratificado em setembro, o Plano inclui visita dos senadores a municípios onde foram implantadas atividades produtivas sustentáveis. A política de prevenção e controle de desmatamento da Amazônia teve início em 2004 e previa ordenamento fundiário e territorial, monitoramento e controle ambiental, e fomento a atividades produtivas sustentáveis. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as ações de prevenção e controle realizadas nos últimos 11 anos resultaram em significativa queda das taxas de desmatamento na Amazônia Legal. A taxa anual passou de 27 mil quilômetros quadrados, que tínhamos em 2004, para 5,8 mil quilômetros quadrados, em 2015. Para o Amazonas, que manteve sua cobertura vegetal acima de 90%, com seu modelo sem chaminés, este desempenho precisa emprestar valor para as empresas aqui instaladas. Uma fábrica que emprega 1000 trabalhadores, impede que mil famílias, 5 mil pessoas, se alimentem da floresta. Qual é o preço a ser pago pelo serviço, num país que prometeu desmatamento zero até 2030 e precisa recuperar 12 milhões de hectares de florestas desmatadas?
Voltando pela estrada
A senadora Vanessa Grazziotin, que já esteve mais próxima das demandas do setor produtivo, há alguns anos, demonstrando compreensão do papel que a ZFM representa para a redução das desigualdades regionais e, mais do que nunca, para a proteção florestal, ajudou a trazer à pauta a novela interminável da recuperação total da pavimentação BR-319 (Manaus-Porto Velho), objeto do Seminário “BR-319, um caminho para o futuro – Desafios econômicos, sociais e preservação do meio ambiente”, promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), do Senado Federal, nesta segunda-feira (17), em Manaus. A palavra “preservação”, é importante destacar, remete sempre à intocabilidade. Para nós, que vivemos o Amazonas, a dinâmica da floresta, seu manejo e gestão competente, é a melhor maneira de conservar – não preservar –os recursos naturais, emprestando base econômica para guarda inteligente dos estoques florestais amazônicos. Portanto, mobilizar os envolvidos no processo e promover o diálogo para superar os entraves que persistem para a pavimentação da maior parte da BR- 319, o chamado trecho do meio, significa primeiramente conotar os termos. Mais do que proibir o acesso precisamos de estimular o manejo, fazendo da estrada a estrutura sustentável de transporte e atração de investimentos inteligentes.
A sugestão de oferecer as Forças Armadas, proposta pelo Ministério Público Federal, pode representar, a luz do que tem sido o desempenho militar na região, a segurança e a civilização inteligente que os batalhões de fronteira e de floresta estão oferecendo. Hoje, alguns pesquisadores do Inpa, Instituto de Pesquisa da Amazônia, trabalham dentro dos batalhões. Trabalhar em sintonia, mobilizando a presença federal e a demanda local, eis a equação segura de fazer da conservação florestal instrumento racional da prosperidade regional.
BARRACA DO BIXIGA COMEÇA NESTA SEXTA!!!
Clube do Trabalhador – SESI. Alameda Cosme Ferreira, Coroado. Início às 19 h com amplo estacionamento. Sexta Feira, dia 21 de outubro entrada com ingresso muito prêmios o maior uma motocicleta. Sábado, dia 22 de outubro, entrada livre, com brindes para aniversariantes, casados no dia, maiores de 80 anos, inicio de namoro, data da separação e também para crianças. Em 2016, a Barraca do Bixiga comemora 32 anos de fundação e gratificante funcionamento. Foram R$ 4,0 milhões já entregues à APAE durante estes anos. No ano passado, foi batido o recorde de repasses com R$ 300 mil. Neste ano, o desafio é pelo menos, driblando a recessão, é igualar o desempenho.
Depende da mobilização de cada um. Trabalham na Barraca do Bixiga, pelo menos 90 voluntários, com 10 que costumam aparecer todo ano. 60 somente como garçons, incluindo altos executivos da ZFM, além das outras funções como choppeiros, pizzaiolos, animadores… Clube do Bolinha. É a terceira geração trabalhando na Barraca, ou seja, temos 6 netos de barraqueiros. Cerca de 20 pessoas são contratadas para trabalhar na cozinha. Vários deles trabalham na Barraca há 30 anos. São 80 quilos de molho de tomate; 800 pizzas em dois dias, assadas simultaneamente, em três fornos a lenha. Ano passado houve alguma demora, neste ano inauguramos a terceira linha de produção, ninguém vai esperar mais de 15 a 20 minutos. São 600 litros de chopes além de água e refrigerante. São 30 patrocinadores em média grandes, médias e pequenas empresas. Salão refrigerado com 1.300 lugares, 400 mesas. Não perca, a APAE agradece!!!
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected]