MANAUS – Com apenas 9,9% da população atendida por coleta de esgoto, segundo o Ranking do Saneamento divulgado recentemente pelo Instituto Trata Brasil, Manaus também padece pela falta de recursos para investir na área. O último projeto apresentado pela Prefeitura de Manaus foi em 2013 quando o Ministério das Cidades empenhou R$ 1,6 milhão para serviços de saneamento na capital, dos quais R$ 1 milhão entrou na conta da prefeitura.
Mesmo adimplente, a Prefeitura não apresentou mais projetos nos anos seguintes. A partir de 2014, o Plano Nacional de Saneamento Básico já investiu R$ 3,7 bilhões para serviços de água tratada, coleta e tratamento de esgotos. Atualmente estão disponíveis R$ 600 milhões do programa para celebração de convênios com as prefeituras de todo o país.
Em discurso nesta quinta (7), a Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) classificou a situação como “absurda” uma vez que a Manaus está entre piores cidades do país na área de saneamento.
“Pior que Manaus só Macapá, a capital do Amapá; Porto Velho, a capital de Rondônia; e Ananindeua, cidade do Estado do Pará. Uma vergonha!”, disse, referindo-se ao estudo Instituto Trata Brasil com as 100 maiores cidades do país.
Manaus é um dos seis municípios entre as 100 maiores cidades que não obtiveram nenhuma melhora na expansão no número de Novas Ligações de Esgoto em 2014, ano-base para o estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil.
Segundo o estudo, em 2014 a capital do Amazonas precisava realizar 1,1 milhão ligações para coleta e tratamento de esgoto para atingir a universalização do serviço, o que não ocorreu e que fez Manaus receber nota zero no indicador Novas Ligações de Esgoto Sobre Ligações Faltantes.