Durante almoço oferecido aos jornalistas de Manaus, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), em entrevista exclusiva à coluna Expressão, voltou a criticar a administração do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB). Ele disse que nestes dias tem andado pela cidade e percebe que a cidade está muito mal cuidada. “As ruas estão cheias de buracos, tem muito lixo nas ruas, a cidade está abandonada. Eu não entendo como o prefeito pode estar bem avaliado”, disse. A senadora disse que também andou pelo Centro da cidade e conversou com vendedores ambulantes que ainda permanecem em áreas de grande movimento. Segundo ela, muitos estão insatisfeitos com a política de desocupação do Centro e não vêem perspectivas de dias melhores. Mesmo os que foram colocados em galerias de comércio estão insatisfeitos com a situação. Vanessa também criticou a administração municipal na área da educação por manter a política de aluguel de prédios para funcionamento de escolas, sem as adequações necessárias para o ensino.
Candidatura em 2016
Questionada se será candidata à Prefeitura de Manaus em 2016, Vanessa afirmou que não estão nos planos dela disputar o cargo. Em 2012 ela foi a principal adversária de Arthur, derrotada no segundo turno. “Se ocorrer uma situação como a de 2012 (quando ela foi chamada para ser candidata no último dia de prazo para as convenções), você sabe que eu não fujo dos desafios, mas não estão nos meus planos disputar a prefeitura”, disse.
Embate além das urnas
Em novembro passado, Vanessa já havia feito críticas ao prefeito Arthur ao rebater as críticas dele de que a presidente Dilma Rousseff não libera dinheiro para Manaus. Na ocasião, Arthur respondeu, dizendo que Vanessa deveria cuidar da vida dela porque não entendia nada da administração da cidade. Na manhã desta segunda-feira, em mais uma entrevista a emissora de rádio local, Arthur voltou a criticar a presidente Dilma e disse que a cidade não recebeu um centavo. “É uma tentativa de jogar a culpa dos problemas da cidade para outra pessoa”, disse Vanessa.
Atiradora de elite
Presente ao almoço da senadora Vanessa Grazziotin, a deputada estadual eleita Alessandra Campelo (PCdoB) disse que vai fazer oposição responsável na Assembleia Legislativa a partir de fevereiro de 2015, e que não adotará o estilo do velho comunista Eron Bezerra, porque ele viveu “outros tempos” em que o governador era Amazonino Mendes. Mas lembrou que é policial civil, tem curso de tiro e foi campeã por duas vezes em disputa de servidores do Estado. “Se precisar atirar, estarei preparada”, brincou.
Serafim, Amaral e pegadinha
Presente no mesmo restaurante, mas em outro ambiente, o ex-prefeito e deputado estadual eleito Serafim Corrêa (PSB), acompanhado do ex-presidente nacional do PSB Roberto Amaral, deixou a mesa e foi cumprimentar Vanessa. A senadora aproveitou a presença dos dois para pregar uma peça em Carlos Portta, humorista que disputou uma vaga de deputado federal pelo PSB este ano. Ao ser cumprimentada, Vanessa aplicou: “Acho que você está no almoço errado. Não deverias estar naquela mesa”, disse apontando para Serafim e Amaral. “Mas eu fui convidado”, respondeu Portta, assustado. Vanessa o tranquilizou e disse que era só para ele sentir o que os políticos sentem quando são pegos de surpresa por ele.
Pede pra sair
O governador José Melo (Pros), ao anunciar o nome do novo secretário de Segurança Pública, o delegado da Polícia Federal Sérgio Fontes, disse que o atual gestor da pasta, coronel Paulo Roberto Vital, pediu para sair do cargo. O pedido, se ocorreu, veio muito tarde. O coronel foi humilhado durante a greve dos policiais militares, em abril deste ano, sendo, inclusive, afastado das negociações com os líderes do movimento. Ali era para ter pedido para sair. Como prêmio de consolação, Melo disse que vai mantê-lo no Palácio da Compensa porque não pode “abrir mão de uma pessoa da experiência dele”. Imagine!
Economia generosa
Por recomendação do Ministério Público Federal, a Suframa encerrou o contrato com a Fucapi para prestação dos serviços de informática e contratou o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). A troca, representou uma economia generosa de R$ 11,4 mil por dia. O novo contrato de um ano é de R$ 36,1 milhões, o que representa R$ 99 mil por dia. Com a Fucapi, a diária saia por R$ 110,4 mil.