Uma série de ações arbitrárias de policiais nas ruas sinaliza que a Polícia Militar do Amazonas está numa total falta de comando. Diante das ações incompatíveis com o propósito de proteger a população, os superiores da corporação silenciam e até protegem os responsáveis por crimes contra a vida. Só nesta semana, a PM fez duas vítimas em menos de três dias: na quarta-feira, 26, a pedagoga Cristina Ferreira, que fazia caminhada no bairro Coroado, foi atingida por uma bala disparada por um aspirante que, segundo ele, era endereçada a um traficante que nenhuma testemunha viu. A corporação até hoje não identificou o atirador e só informou que ele “será punido, conforme a lei”. No dia seguinte, a vítima foi um próprio membro da PM. O cabo Jancicley Stone de Souza foi fuzilado por colegas após se negar a parar em uma abordagem no trânsito. No mês passado, 36 pessoas foram assassinadas em um único fim de semana, e as suspeitas recaem sobre membros da Polícia Militar. Desse número, 20 não tinha passagem pela polícia. Em todos os casos, chama a atenção o procedimento adotado pelo comandante-geral da PM, Gilberto Gouvêa: nenhuma palavra contra os colegas de trabalho.
Pedra cantada
Na troca de comando da Segurança Pública pelo governador José Melo (Pros), no início do ano, membros da própria corporação já suspeitavam que poderia haver um recrudescimento das ações policiais, porque nomes com histórico de violência no passado recente estavam de volta à cúpula tanto da PM quando da Polícia Civil. O que se vê é uma leniência de quem deveria investigar os crimes.
Baixa escolaridade
Pesquisa divulgada na quarta-feira, 26, pelo IBGE mostra que 19,8% dos profissionais ligados à administração direta no Amazonas, possuem apenas o nível fundamenta ou nenhuma escolaridade. São 123,4 mil profissionais no total, 24,4 mil com ensino fundamental ou nenhuma instrução, 57,4 mil com ensino médio, 33,5 mil com superior e apenas 4,5 mil (3,7%) com pós-graduação.
Cargos comissionados
A pesquisa aponta, ainda, que o Amazonas é o segundo do Norte em número de funcionários públicos, mas que do total, 47,1 mil são cargos comissionados ou profissionais sem vínculo. O restante está dividido entre estagiários, contratados pelo regime de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e estatutários – esta última categoria soma 66,4 mil. Os números são referentes a Estado e municípios.
Sem paciência
Presidente de honra do PDT, o ex-prefeito Amazonino Mendes ignorou o mutirão de filiação do partido nesta quinta-feira, 27, e não compareceu ao evento que ocorreu na sede da legenda. Aos mais chegados do PDT, Amazonino confidenciou que não tem “mais paciência” para esse tipo de cerimônia.
Muito ocupado
Quem também preferiu não prestigiar o evento do PDT foi o deputado Dermilson Chagas, que apesar de receber convite para ser o anfitrião dos novos filiados, alegou que estava com a agenda lotada na ALE.
Sem ambições
Ao assinar ficha de filiação no PDT, o ex-petista Vital Melo negou que estivesse ingressando na legenda com interesse em cargo público, e disse, em breve discurso, que quer ser um filiado como qualquer outro, apenas para somar com a legenda. Na terça-feira, 25, a coluna recebeu a informação de que Vital iria para o partido com a promessa de receber a Superintendência Regional do Trabalho.
Inversão de papéis
A Assembleia Legislativa do Estado entrou na “jurisdição” da Câmara Municipal de Manaus e resolveu realizar audiência pública para discutir a regulamentação do serviço de “táxi-carga” na capital. Uma norma para o serviço deve partir do parlamento municipal. Depois de os técnicos da SMTU explicarem as formalidades do procedimento, o idealizador da reunião, Adjuto Afonso (PP), disse que ia enviar os encaminhamentos da audiência aos vereadores.
Estranha homenagem
Dias depois de o Conselho Regional de Medicina no Amazonas informar, em matéria ao AMAZONA ATUAL, que a situação da saúde no Estado é preocupante com os cortes de investimentos autorizados pela Susam, o secretário da pasta, Pedro Elias, recém empossado no cargo, recebe nesta sexta-feira, 28, uma homenagem com pompa na Câmara Municipal de Manaus. A ideia partiu da vereadora Vilma Queiroz (PROS).